segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

So long

Get in my arms and I will walk you home.
Let you drink some wine, sleep in my lap,
dream while hearing our favorite song.

Get in my head and I will follow you home.
You make me lose my breath, so careless,
smile while playing me as you wanted.

Back and forth, upside out, all along.
You've been longed for and yearned.
But not for long, baby, not for long...

You got me in your arms while walking home.
Open up the wine and as you say goodnight
a dream of hearing another song.

I've lost me head and forgot my way home.
Someone who takes my breath, someone else,
makes me smile and wanna play some more.

Back and forth, upide out, for how long?
Since I can't remember why or what it's worth
it'll take long baby. It's been too long.




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Valentine

Close your eyes little Valentine,
tasting chocolates and tears.
All the sweetness said goodbye,
leaving all your fears behind.

Long lost love, kiss my lips
and let me hold you one more time.
Cause it's over and we know it,
but God it tastes so nice...soo nice!

I know you're sick of it,
just like I'm sick of you.
But darling can you deny it
when we mumble "i love you".

It's over and gone, sweet Valentine.
But it keeps coming back over,
crawling up my bed and head.

Tastes good and feels right,
even though is sad and wrong.
When valentine is over and love is dead and gone...


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mais

Só alguns minutos, só mais alguns minutos... Os dedos entrelaçavam e seguravam, como criança que não quer soltar, mordendo os lábios e pedindo ao tempo para parar. Só mais alguns minutos... Com os olhos brilhando e o corpo inclinado, com as pernas tremendo e o coração disparado... Só mais um pouco...mais... Nada.
-Por favor...
Nem um abrir de olhos, nem um movimento de respiração, nem um mínimo som do fundo da garganta, nem um batimento cardíaco. Segurava entre os dedos uma mão gelada que nunca mais iria se enroscar nos seus cabelos, nunca mais iria puxar sua cintura, nunca mais ia segurar na sua... Nunca mais. E queria gritar, mas sequer chorava, olhando a linha reta estridente no monitor. Queria ter tido mais tempo, queria ter usado mais o que tinha. Mas agora nunca mais... Nunca mais...
-....amor...
Em um instante tinha tanto a falar, milhares de ideias do que fazer. Do que devia fazer...ter feito, devia ter feito. Tarde demais. E já não sabia se o bolo em seu estomago era saudade, tristeza ou culpa, mas o que quer que fosse, já era... tarde demais...E a certeza disso só fazia a dor crescer e o mundo parar, parar depois que já era tarde demais, só pra dor se alojar. Queria mais, mas não tinha mais...mais...Algum tempo e talvez achasse paz, mas esquecer jamais... Tinha sido amor de mais.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

I wanna be

I dreamed of love and passion
as I grew up to be cold hearted.
I never really knew the difference
between love felt and love departed.

My relationships are fantasies.
My feelings only wannabes.
When I wake up will you be there for me?

I pushed you away over the years
so I wouldn't be the one to hurt.
Even though I have no tears
I ache for missing you too much.

My emotions are fantasies.
You and me just a wannabe.
When I wake up will you feel for me?

I have no knowledge of reality.
I have no care for what's suppose to be.
All really matters when I wake up
is if you are there and loving me.

Are you there?
Do you love me?
Not sure, just wanna be.




quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Teste de lógica By Chili

b][c=3]Vitor[/c] aka [c=7]Chilli[/c][/b] diz:
outro então...

Você é prisioneiro de uma tribo indígena que conhece todos os segredos do Universo e portanto sabem de tudo. Você está para receber sua sentença de morte. O cacique o desafia: "Faça uma afirmação qualquer. Se o que você falar for mentira você morrerá na fogueira, se falar uma verdade você será afogado. Se não pudermos definir sua afirmação como verdade ou mentira, nós te libertaremos. O que você diria


Mo R.D.O. [Yes daddy xD] No idea why you do, but seems you kinda like me. [Lacrirrepia] diz:
humn...todos os segredos do universo
humnn.....
"hoje não amor, estou com dor de cabeça" =P
HUEHEUHEUHEUEHUEH

[b][c=3]Vitor[/c] aka [c=7]Chilli[/c][/b] diz:
hauHAUHuahUAHUhauhUAHUh
LOL

[b][c=3]Vitor[/c] aka [c=7]Chilli[/c][/b] diz:
é só vc falar q vai morrer na fogueira
haUHAUhauhUAH

Mo R.D.O. [Yes daddy xD] No idea why you do, but seems you kinda like me. [Lacrirrepia] diz:
prefiro minha resposta =P


terça-feira, 28 de setembro de 2010

No Idea

You hear me call your name,
but you never really listen.
Hence the time will come
for no talking, just kissing.

No idea what I mean,
but you kinda like it.
No idea what you want,
but I kinda like you.

You see me go all insane,
but you never understand.
Hence the time will come
for no doing, just pretending.

No idea what I am,
but you seem to like it.
No idea why you do,
but seems you kinda like me.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

So bad

It hurts...
I've been so bad.
It aches...
I've been so bad.

And I am not even sorry.
Don't really care about it.

It hurts so freaking bad,
not to feel a thing.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Se você fosse minha garota

Ah garota...

Se você fosse minha não te daria meu nome,
tão melhor seria chamar o teu.
Se você fosse minha não te daria uma jóia,
tão insignificante diante de ti.

Eu não lhe traria rosas de manhã...
A levaria para deitar e rolar no jardim.
Eu não lhe traria café na cama...
Mas teria certeza de que está satisfeita antes de levantar.

Ah garota...

Se você fosse minha sempre teria espaço,
ao meu lado na cama, entre meus braços.
Se você fosse minha eu não teria nada,
mas faria tudo à minha alçada.

Eu não diria que te amo todo dia...
Ocuparia meus lábios a lhe beijar a pele.
Eu não a pediria para ficar ao meu lado...
Só pela surpresa de a ver voltar.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lugar estranho

Nasci num mundo estranho, não é possível negar.
Vi com meus olhinhos de criança. O mau sorrir, o bom chorar.
E a verdade é muitas vezes ignorada, mentiras tomam lugar.

De alguma forma todos eram chamados de iguais,
mas nenhum era tratado como o outro.
De alguma forma muitos falavam de amor,
enquanto maldiziam e amaldiçoavam outro.

É um lugar muito estranho, este em que vim parar.
Aonde mais importa sua cor, sua casa, seu deus pra adorar,
do que o que faz e pensa, do que qualquer bem que fará.

Vim dizer que vou embora, sem vontade de sequer voltar,
até que aprendam a mais que abrir os olhos, aprendam a enxergar...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Welcome to my flaws!

Sabedoria do dia: Nunca fale para um virginiano seus defeitos, ele já conhece todos bem melhor que você.

Na verdade não são apenas virginianos, todos conhecem seus defeitos, seus lados azedos, suas coisas chatas e irritantes, mas a maioria fica em negação e reclama deles através dos outros. Quem nunca viu alguém reclamar de outra pessoa por algo que também faz? Particularmente eu ODEIO profundamente voz fina, quando entrei no coral e me colocaram nas sopranos tuuuuuuuuudo fez sentido.

Me conformei, tento controlar, mas é complicado manter um tom mais baixo, mas tem coisas piores por aí... E por aqui. Um bom exemplo disso é o egocentrismo, não que todo ser humano não pense nele primeiro, mas nossos ideais caridosos preferem que consideremos mais os outros. Consideramos, processamos, se concordarmos cá estamos! Se não... Bem, temos o direito a discordar, que ótima desculpa.

Nada mais difícil que se importar mais com os outros do que com si, nada mais difícil que a empatia e a visão através dos olhos alheios... Nada mais difícil, que só tentar parar o erro e a dor, quando eles o afetam. Não é certo, não é justo, mas é como as coisas são... Para virginianos ou não.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Extras entremundos

Um pouco sobre os personagens da nova história:


Magnhild
Uma feiticeira poderosa vinda de ****censurado****, capaz de criar portais entre os mundos que veio parar no mundo humano. Como a maioria ela gosta de poder e o quanto ela possuí de fato ainda está indefinido...



Michi
É a guardiã de todos os portais entre os mundos, imutável e imortal ela controla as indas e vindas, mantendo todos em seus devidos lugares, sempre que possível... Mas oras acidentes acontecem! Apesar de sua semi-competência possuí habilidades úteis de transporte e vidência.


Sunshine

A única amiga da protagonista, uma humana bem vista, bem sucedida, bem tudo... Só?

Maia

É uma humana que desde criança caí ou atravessa portais acidentalmente, sempre sendo guiada por Michi de volta a seu mundo de origem, sem nenhuma ilusão ou esperança de um dia ter uma vida normal. Quem quer ser normal de qualquer jeito? Agora Michi quer que ela leve Magnhild de volta, adicionando mais problemas ao seu cotidiano.





Entremundos (1)

Num universo infinito, com tempo infinito, todas as coisas são possíveis em todos os tempos. Provável ou não, foi assim que aconteceu...

Não havia nada pior para Maia do que acordar de manhã e nada melhor do que ir dormir novamente mais tarde, tudo que estava no meio disso era caos, bizarro e ocasionalmente perigoso. Apesar de alguma forma ter sobrevivido todo àquele tempo, às vezes se perguntava se não estava em coma em alguns hospital delirando enquanto alguém lia histórias para ela. Mas não havia muito conforto nisso, afinal delírio ou não era sua rotina, agora mais uma vez acordava com o cabelo embaralhado na frente do rosto e procurando o despertador para silenciá-lo.
-Quietoooooo... – pedia apertando o aparelho, para depois notar que era o telefone que tocava e a voz de sua amiga insistia com a secretária eletrônica.
-Maia! Acorda dorminhoca, já são quase onze horas! Tome um banho e se vista, você tem que buscar sua roupa e se embonecar a festa começa as 18:00 em ponto! Não ouse se atrasar!
Não estava tão animada assim para uma festa à fantasia, mas considerando que era outubro e para pessoas normais só nesse período podem ser, parecer e ver coisas esquisitas concordou. Colocou um par de luvas brancas e um conjunto azul e branco que comprara com um enorme laço em suas costas e um pequeno numa gargantilha em seu pescoço. Jurava que comprara orelhas de bicinho também, mas não sabia aonde as colocara. Se olhou no espelho várias vezes durante o dia e aquilo era mais normal que grande parte de sua vida, não que para Sunshine fizesse qualquer diferença.
Era sua melhor amiga, mas provavelmente nunca ia entender, aceitava e ouvia tudo, mas não entendia. Era normal demais, descolada demais, popular demais, entrosada demais. E às vezes, Maia não podia negar, por trás de todo aquele brilho e sorrisos calorosos, queria enforcá-la.
-Maia? – ela riu-se colocando os óculos escuros no topo da cabeça – Eu não te avisei? Ninguém vai vir de fantasias!
-... – a ameaça de morte entalou na garganta – Não, não avisou...
-Ahhh... Me desculpe! – Sunshine pediu puxando a amiga pelo braço – Por que não pega alguma roupa no meu quarto? Qualquer uma, fique à vontade!
Quando fechou a porta do quarto não foram roupas que avistou, de pé dentro do espelho estava uma figura que levitava cristais com as mãos, os olhos róseos assim como seus cabelos reluziam conforme movia-se ali dentro e Maia quis voltar para a cama. Sabia que mais uma daquelas coisas improváveis, geralmente impossíveis, estava prestes a acontecer.
-Olá, Maia. – ela saudou com um sorriso – Roupa interessante, avistei uma parecida em...
-Não quero saber! – exclamou tampando os ouvidos – Nada de cair em buracos de coelho, escorregar por arco-íris, perder-se na neblina, nada, nada, nada!
-Não vejo nenhum portal aonde você possa cair ou atravessar por acidente aqui. – a outra respondeu olhando ao redor do quarto.
-Então o que você está fazendo aqui, Michi?
-Bem, você não vai parar em nenhum lugar que não deve, mas... – ela levou a mão aos lábios depois estendeu um cristal através do espelho. – Não é a única que atravessa portais...
-Alguém se perdeu por aqui de novo?
Maia pegou o cristal e o levou até o rosto, olhando através dele viu uma mulher de olhos reluzentes que lembrava uma feiticeira tribal, talvez alguma outra coisa. De qualquer forma não tinha um rosto muito amigável e logo jogou o cristal de volta através do espelho, cruzando os braços para Michi. Aquilo não parecia alguém que se perdia e caía sem querer em outras realidades que não lhe pertenciam.
-Magnhild cruzou um portal para o seu mundo ontem à noite. – Michi anunciou. – Ela não pertence a este lugar e deve cruzar de volta.
-Não é seu trabalho não ter deixado ela cruzar para começo de conversa? Ou guiá-la de volta que nem você sempre fez comigo? – Maia perguntou impaciente.
-Infelizmente ela é uma feiticeira muito poderosa que não quer voltar e ela própria criou o portal. Demorei algum tempo para controlá-lo.
-E o que eu tenho a ver com isso?
-Ontem ela causou uma tempestade, está se adaptando ao seu mundo e em breve pode causar muitos problemas, queria sua ajuda em fazê-la voltar pelo portal. – ela anunciou muito tranquilamente. – Só alguém que conhece outros mundos como você pode me ajudar...
-Por que você não saí daí e faz seu trabalho você mesma?
-Todo tempo que gasto procurando Magnhild deixo portais sem supervisão, assim que deixar meu posto dezenas podem atravessar portais que não devem e causar catástrofe em vários mundos. Muitos podem se machucar e até morrer...
-E como eu vou lidar com essa Magn...sei lá o que? Eu sou só uma humana e...
-Confio em você, Maia. Pegue esse cristal, ele vai mostrar como encontrá-la.
Maia segurou mais um cristal, o brilho rosado a fazia lembrar de contos de fadas madrinhas, princesas, bailes... Noções românticas de infância, que na dela foram seriamente deturpadas. Aquele pequeno pedaço de cristal era uma das chaves de Michi, permitia ver através de portais nos mundos, várias vezes Maia os usara para conseguir achar o caminho de volta ao planeta terra, realidade humana. Agora deveria achar uma feiticeira invasora e convencê-la a voltar... Era por isso que odiava acordar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sie ist klein

Você ainda é pequena, mas um dia vai entender...
Um dia eu vou entender ou ao menos espero que sim...
Porque todas as coisas boas um dia chegam ao fim.

Ainda somos pequenas, mas um dia vamos saber...
De mãos dadas e sorrisos livres, ao menos espero assim...
Porque todas as coisas ruins também chegam ao fim.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Encontro

Passara tanto tempo planejando cada segundo, que já não fazia ideia do que realmente iria acontecer ou fazer, tantos planos e desfeitas, tantas vezes tidas como certas dando errado e então o tempo. Inevitável tempo que passava empurrando com a barriga gorda e lenta, deixando tudo para depois, agora finalmente estava ali. Em algum lugar dos olhos verdes cintilava a dúvida.
-Quanto tempo...
-Verdade.
O que mais falar? Havia uma sensação de estranhamento, reconhecia o resto e conhecia a pessoa... conhecia? A fala lhe parecia estranha e a conversa tomava rumos desconhecidos, até as curvas do corpo pareciam diferentes. Efeito do tempo talvez. Os olhos brilhavam para longe, não lembravam em nada os que se aprofundavam nos seus, balançou a cabeça, jurava que talvez fosse apenas nervosismo.
A comida era normal, a bebida a mesma, até a sobremesa tinha uma doçura familiar, mas a companhia... ainda estranhava. Talvez tivesse passado tempo demais, desde a última vez e tempo demais pensando naquilo, agora o que tinha em mente e a realidade não encaixavam. Irreconhecível. Mesmo ao inclinar-se e sentir os lábios tocarem os seus, o afeto também era estranho, misterioso, diferente... Suspirou.
-Algo errado?
Não havia nada de errado, não que tivesse percebido. Era apenas diferente... Mas não sabia como explicar ou responder, na dúvida sorriu e acenou com a cabeça... Depois meneou contraditóriamente. Por fim encolhendo os ombros, sem qualquer outra coisa racional a fazer estendeu a mão e falou da maneira mais natural e calorosa que podia.
-Um prazer lhe conhecer...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Under the sea


Under the sea... Shadow and light dance free.
Under the sea... Swimming around in harmony.
The fishes and the stars, sharks afar...
Danger and safety, heal and scars...
Swimming around under the sea.
Light and carefree...
The sea is music to me.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sob o Mar (Final)

Ahti nunca imaginou que nadaria tão livremente pelo mar aberto, serpenteando como feixes de luz ao lado de Hella, não estavam só, para um lado e outro às vezes notava uma luz solitária e imaginava porque antes tudo parecia tão escuro. Mas a resposta veio num suspiro ao pé de seu ouvido, Ori respondeu: se você se perde da luz, tudo que vê é escuridão e tudo que sente é medo.
-Hella, aonde estamos indo?
-Você vai ver! Você vai ver! – ela respondia o puxando pelo braço. – Já estamos chegando...
-Aquilo é...? – Ahti apertou os olhos.
-Ziya... – Hella e Ori murmuraram felizes ao mesmo tempo.
Ahti nunca vira tantas cores e tanta luz antes, no começo machucou seus olhos, mas depois se acostumou e não lembrava de nada mais lindo em sua vida. Até as pedras e o coral reluziam, completando a harmonia das algas e anêmonas, dos peixes e esponjas. Mergulharam entre as luzes até chegar a uma rocha aonde Hella debruçou-se sorridente.
-Ó visitas. – a estrela do mar murmurou se arrastando até Hella sobre a pedra. – Lembro de você...
-Olá! – Hella cumprimentou. – Trouxe um amigo.
-Mais um mal educado! – a esponja gritou. – Se visita alguém se apresente!
-Ah... Ahti. – o tritão respondeu assustado olhando da estrela para a esponja.
-Não se incomode com ela, sempre foi assim rabugenta. – a estrela garantiu – Pensei que fosse voltar para casa, sereia Hella, o que faz aqui de novo?
-Apenas segui Ori... Sem dúvida e sem medo. – Hella respondeu e puxou Ahti pelo braço – E eu queria mostrar Ziya pra ele...
-Pensa que somos uma atração? – a esponja rangeu se encolhendo.
-Parece que ele já vê e ouve, mas não entende. – a estrela comentou. – Mas não é preciso entender...
-Não? – Ahti perguntou virando para Hella.
-Não. É mais uma questão de crença... – a sereia respondeu.
Houve silêncio enquanto o tritão observava os arredores, toda aquela luz, toda aquela paz, toda aquela certeza serena de absolutamente nada e estranhamente tudo. Era uma sensação morna e reconfortante que não sabia descrever ou compreender, mas se não precisava... Apenas aceitou e deixou a luz passar por si e ao redor, voltando de seus devaneios com a estrela do mar e Hella rindo, enquanto a esponja resmungava.
-Não dêem risada! Isso é muito importante! – a esponja brigou.
-Desculpe... – Hella pediu se controlando. – Não consegui evitar...
-Então é isso... – Ahti murmurou e todos se viraram como quem pergunta para ele – Nenhuma dúvida, nenhum medo... Apenas luz... Nada de mal.
-Não, não, não, menino. – a estrela do mar balançou suas pontas – O mal, o bem, sempre existiram... E sempre vão, assim como a luz faz sombras e nas sombras brilha a luz. Ori não quer dizer nada disso.
-Mas então... de que adianta a luz? – ele perguntou, se não fazia nada além de acalmar e consolar, se o perigo e a maldade eram inevitáveis, não era melhor ficar em Helmi?
-Tolo! – a esponja gritou se esticando.
-Ahti, sem a luz não podemos ver... Conhecer...Estamos presos e assustados, isso é maneira de viver? – Hella perguntou – Cabeça dura. Coisas ruins vão acontecer e você não pode evitar isso...
-E por que não?!
-Porque elas também fazem parte da vida. – Hella sorriu tranquilamente tirando o colar e o atirando entre as pedras. – Você aprende com elas e cresce com elas... Assim como as boas...
-O que você está fazendo aquele colar... – ele ia nadar quando ela o segurou.
-Eu não preciso dele para saber onde estou indo, Ahti.
-Ziya não trouxe a luz para salvar ninguém... – a estrela do mar contou – Ela trouxe a luz para que cada um pudesse escolher seu caminho.
Ahti não disse nada por algum momento, tudo fazia sentido e naquele mar de escolhas e liberdades Hella parecia perfeitamente confortável. Entretanto olhar o rosto da sereia o fazia imaginar que inevitavelmente ela iria se machucar, iria sofrer, coisas ruins iriam acontecer e enfurecia pensar que nada podia fazer sobre isso. Ela sorria e então ele entendeu que não precisava fazer nada, mas podia fazer tudo ao seu alcance se quisesse, podia ir com ela ou observá-la de longe. Nadaram em círculos as possibilidades.
-Hella... – ele engoliu em seco – Onde você está indo?
-Onde...? – ela o olhou por um momento.
-Vou deixá-los a sós... – a estrela murmurou se contorcendo para longe.
-Finjam que não estou aqui! – a esponja gritou.
-Qual seu caminho? – ele perguntou.
-Eu não sei ainda. – ela respondeu remexendo nos cabelos. – Mas eu tenho certeza que vai ser ótimo quando eu chegar no fim.
-Entendo... – ele murmurou virando-se.
Ela não mudara nada, desde que era criança, ainda nadava pro lado que tinha vontade, sem olhar para onde estava indo, serpenteando e dançando entre as correntes de água. Hella, ninguém nunca conseguiu acompanhar, controlar ou prever, era simplesmente como ela era, livre nas águas. Soltou um suspiro e já começava a se afastar quando sentiu um par de mãos o segurar pelos ombros.
-Onde você está indo? – ela perguntou.
-Sair do seu caminho. – ele respondeu sem virar o rosto nadando.
-Ahti... – ela murmurou torcendo os lábios. – Ahti!
-Divirta-se Hella... – ele murmurou sem olhar para trás, um nó na garganta.
Nadou em linha reta e por algum motivo tudo parecia mais escuro, não ouvia mais aquela voz suave ao pé do ouvido, acabou parando ao ver uma ressoante luz azul à sua frente, um enorme cristal com uma sereia adormecida dentro, a luz tremulava e parecia começar a ceder, cada vez mais fraca e incerta. O rosto dela era lindo, mas de seus olhos pareciam escorrer lágrimas, coisa que Ahti jamais vira, mas reconhecia como lindas e tristes e um aperto partiu seu peito.
-Sabe por que ela nunca levantou? – a estrela do mar perguntou, estava junto ao cristal.
-Não...
-A luz pode mostrar o caminho e ele pode ser qualquer um, mas... Todos nós só conseguimos ir até uma certa distância sozinhos. Ziya só conseguiu chegar até aqui.
-Entendo... – na verdade nem estava prestando atenção.
-Ela parece a pequena Hella, não parece? – a estrela comentou.
-Hella? – Ahti levantou o rosto para observar a sereia no cristal.
-Mas Hella tem você, então pode continuar... – a estrela completou.
-Eu?
-Vocês vieram juntos até aqui, não vieram?
-Idiota... – ele murmurou ao mesmo tempo em que Ori ao seu ouvido. – Hella!
Nadou o caminho de volta, mas ela não estava lá. Perguntou a esponja que se inclinou na direção em que a sereia seguiu, resmungando que ele era muito indeciso. Quanto mais se afastava de Ziya, mais tudo escurecia e por algum motivo não conseguia encontrar a luz de Hella, era como se o oceano tivesse apagado. Começava a ficar nervoso e uma sensação desconfortável tornava difícil respirar.
-Hella! Hella! – era como falar com o vazio.
-Ahti... – Ori chamou. – Aqui, Ahti...
Seguiu a voz que vinha de si mesmo, sem saber para onde o levava, até que encontrou uma fenda entre rochedos, dentro dela encolhida estava Hella, os olhos fechados e mãos unidas, estática com uma expressão tranqüila e ao mesmo tempo fria. A pegou pelos braços a puxando para fora das rochas e segurou no colo enquanto afastava os cabelos do rosto. O abrir dos olhos dela fora o resplandecer das profundezas através de um foco de luz.
-Hella... Vem comigo?
-Onde? – ela perguntou virando o rosto.
-Onde você quiser... – ele respondeu sorrindo.
-Ahti... – ela murmurou sorrindo, o rosto brilhando nas profundezas.
-Vem comigo? – ele perguntou de novo.
-Onde você quiser! – ela respondeu o tomando nos braços.

THE END

domingo, 18 de julho de 2010

Sob o Mar (10)

Ahti sentia frio na barriga e um leve formigamento atrás da nuca, quando deixou Helmi não tinha certeza do que fazia, mas faria mesmo assim. Iria acreditar nela, em Hella... Confiar. Sempre estivera seguro das coisas certas e erradas, o que fazer, responsabilidades, mas agora, tudo em que acreditava era naquela luz dançante, naquele calor envolvente. Nadou para fora das paredes de coral, para longe da segurança cheia de dúvidas e medos, deixou para trás até seu tridente.
-Hella!
-Ahti... O que está fazendo aqui? - a sereia perguntou girando. - Não devia estar mantendo Helmi segura?
-Contra o que? - ele encolheu os ombros - Há algo a temer?
-Não... Não há. - ela respondeu sorridente. - Mas você nunca acreditou nisso, Ahti... Você sempre se preocupou.
-Com você... Mas se você não tem com o que se preocupar, então... Nem eu. - ela brilhava, como uma ninfa* das nascentes, um brilho suave e acolhedor, pura luz.
-Você finalmente percebeu, então? - ela o abraçou - Eu estou bem Ahti, sempre estive... E você...
-Shhh. - ele pediu a apertando nos braços - Eu acho que eu entendi...
-Entendeu?
-Só temos a temer o que nós mesmos causamos... - ele murmurou - Algo assim...
-Você pode ouvir, Ahti?
-Ouvir?
-... - ela torceu os lábios e ele ouviu um múrmurio em sua cabeça.
-O que é isso? - ele perguntou virando procurando a origem do som.
-Ori. - ela sorriu. - Então você ouve mesmo!
-Dá onde vem essa voz?
-De você, Ahti. - ela respondeu - E não é só uma voz...
-É o que?
Ela se afastou ainda o olhando ergueu a mão e ele a via brilhar, ela moveu-se na água e a luz respondia, fluía...Ela estendeu a mão na direção dele e os dois sorriam, não entendeu muito como, mas ao esticar o braço viu algo enroscar-se nele, deslizar até o pulso, depois dar a volta até a palma e esticar-se na direção da mão dela. Luz... Pura luz...
-Eu quero te mostrar algo, Ahti...

*Ninfas são fadas que vivem em fontes de água pura.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sob o Mar (9)

-Ahti, se você sair você também não vai poder voltar! Estarão os dois exilados de Helmi!
-E devo deixar Hella sozinha?
-Ela saiu porque quis... - torceram o nariz.
-Hella nunca conseguiu ficar presa a lugar nenhum... - o golfinho comentou em tom paternalista - Fechar Helmi foi o mesmo que exilá-la.
-Ela sempre foi uma garota problema, que lide com os próprios agora! - alguém comentou com desdém.
-Por que vocês estão tão nervosos? - Ahti perguntou.
Era estranho, pela primeira vez podia ouvir e sentir tudo do ponto de vista de Hella, toda aquela preocupação exarcebada, brados indignados e exclamações não faziam o menor sentido. Tinha vontade de rir ao lembrar-se que era exatamente assim antes... Aquela vozinha na sua cabeça também ria o lembrando de que ele era chato daquele jeito. O golfinho se aproximou de Ahti com uma suposição.
-Talvez a liberdade e dúvida os assuste.
- Irresponsabilidade e desobediência não é liberdade!
-Talvez seja. - Ahti cortou - Talvez Hella saiba melhor que nós a resposta...Se estão tão bravos é por que estão assustados... Com o que? Estão perfeitamente seguros aqui...
-Não é aqui, é lá...- o golfinho comentou - O oceano aberto e escuro, as profundezas do mar e todos que se escondem e vivem nela... É isso que assusta.
-Isso é problema de Hella! Ela que está la fora!
-Sim, mas vocês que estão tremendo. - Ahti completou sorrindo. - Ela não tem medo... Mas vocês tem medo por ela... Por que? Já se perguntaram?
-Por que? Porque...
Mas nao havia resposta, desde que Helmi fora criada não havia resposta. Por que medo? Sempre estiveram juntos e seguros, mas o oceano aberto.... Continuava escuro e misterioso, continuava sendo amedrontador. Mas Hella não tinha medo, Hella sabia melhor a resposta... Sabia melhor algo que ele não sabia, mas começava a vislumbrar, num feixe de luz dançando nas águas.

domingo, 11 de julho de 2010

Dormir pra que?

É preciso dormir, descansar o corpo,
mas minha cama estará aqui amanhã.
Como está aqui hoje e estará depois.

Você só está hoje, ainda que um pouco,
e pode desaparecer pela manhã.
Não deixo o que tenho agora pra depois.

Então deixa os ponteiros rodarem,
deixa as horas passarem sem dó.
Aproveitando os segundos e sobras,
exaustão, satisfação... Pó ao pó.

Sob o Mar (8)

Ele ficou paralisado, entre a Hella que via a sua frente e a memória que voltava aos poucos à sua mente... Brilhava, incendiava sua mente de tamanha luz até que ficara cego, agora lembrava o que acontecera. De algum jeito surgiu luz, mais luz do que jamais vira vindo de Hella e seu redor, não podia enxergar, mas algo o levou pela mão e quando se deu conta todo o fundo do mar brilhava, inumeros focos de luz e feixes brilhantes.
-Hella, aquele dia...
-O que? - a sereia perguntou o encarando.
-O que é... - mas a frase ficou pela metade, seus olhos caíram sob o colar de Hella que brilhava.
Devia ter sido isso, o colar que brilhava, dele viera a luz. Sacudiu a cabeça enquanto se afastava sem entender o que ela realmente queria dizer. Coisas de Hella, ela era despreocupada assim mesmo, a sereia o foi seguindo com os olhos e então escapuliu por uma dsa aberturas no coral para fora de Helmi. Por um momento ninguém notou sua ausência, mas só por um momento. Ahti ouviu algo dentro de sua cabeça:
-Vai ficar tudo bem... - não reconhecia a voz.
-Hella? - chamou, mas não havia ninguém ali.
-Ahti, olhe lá fora... - a voz insistiu - Vai ficar tudo bem...
Demorou algum tempo para ceder a vozes que vinham de lugar nenhum, mas finalmente nadou até uma das frestas do coral, assistindo um feixe de luz dançar nadando ao redor de Helmi, um brilho azulado em seu centro e em uma de suas piruetas ao aproximar-se Ahti reconheceu, ainda que de longe Hella. Primeiro ficou bravo e preocupado, depois apenas hipnotizado...
-Está tudo bem. - a voz insistiu e ele concordou com a cabeça.
-O que ela está fazendo? Ninguém pode sair! - algum dos tritões exclamou.
-Ela sempre foi assim! É perigoso!
-Que vá e não volte dessa vez! - uma terceira pessoa dizia.
-Calem a boca. - Ahti mandou, estranhamente soava mais como Hella do que como ele mesmo. - O que vocês sabem?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sob o Mar (7)

-Isso é inaceitável. - o tom de voz era definitivo.
-... - ele não conseguia ou podia responder àquilo.
-Helmi está selada, ninguém mais deve sair ou entrar. Isso é tudo, Ahti.
-Sim, meu Senhor. - o tritão respondeu com uma mesura.
Nunca pensara direito naquilo, quando fora atrás de Hella Helmi ficou em polvorosa, e o fato do chefe da guarda sumir e depois passar dias desmaiado deixou todos assustados. O Rei mandava e assim seria feito, Helmi agora era mais uma ostra que uma pérola, fechada e segura. Entendia os motivos, mas se sentia desconfortável. Era o melhor para todos, era o seguro, devia seguir com seus deveres, mas o rosto de Hella saindo em alta velocidade para fora das paredes de coral lhe vinha a mente, ela sempre gostara de nadar no oceano aberto.
-Isso é ridículo! - Hella gritava com dois tritões que a seguravam pelos braços - Me soltem!
-Temos ordens, senhorita. Ninguém deve sair ou entrar, é muito perigoso!
-Perigoso? Perigoso? Por que não se enfiam numa caixa e vivem nela então? Nada mais seguro!
-Hella, já chega! - Ahti gritou se aproximando - Podem soltá-la eu cuido dela...
-Ahhh cuida? - ela bateu com a nadadeira no nada torcendo o rosto. - Isso é coisa sua seu....
-São ordens do Rei. Se nem mesmo os tritões estão seguros os outros... - ele baixou o rosto - Como se adiantasse falar com você.
-Não me chama de burra!
-Eu não falei isso! Você só é infinitamente teimosa e irresponsável! - ele gritou de volta.
-E isso nunca foi problema seu! - ela cruzou os braços. - Intrometido!
-Tem razão... - ele estava cansado, falava baixo - Mas a segurança deste lugar é, você não pode sair.
-Ahti...
-Por favor, Hella...
Ela nunca o vira tão quieto, tão suave, tão... Ele parecia ter encolhido, não tinha metade da energia, autoridade e pompa de sempre. Acabou concordando com a cabeça, nunca imaginara que um dia veria Ahti como o garotinho de sua infância, apenas um garotinho. Ele fez menção de virar-se parar ir embora, mas Hella lhe puxou a mão e o abraçou com ternura. Estava sempre causando problemas para ele, por isso ele estava tão cansado? Por todo aquele tempo cuidando dela?
-Vai ficar tudo bem, Ahti. - ela prometeu.
-Hella... - fechou os olhos por um momento, algo brilhou em sua mente.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sob o Mar (6)

Tudo estava tranquilo, silencioso e morno... Sentia um leve formigamento atrás da cabeça e os olhos pareciam finalmente descansar conforme começavam a abrir, a princípio embassados, depois mais nitidamente viu a luz fluorescente de um dos peixes contra a parede de coral. Respirou fundo, nada doía, mas não sentia muito bem seu próprio corpo, endireitou-se levantando e tudo começou a voltar... O oceano aberto, os tubarões.
-Os tubarões! - ergueu-se num susto e quase atropelou o golfinho - Os tubarões, onde...?
-Hey! Segure seus cavalos marinhos, calma!
Não sabia se ria, se suspirava, se gritava... Numa mistura de alivio, raiva e sabe-se lá mais o que o nome entalou na garganta: Hella. Ali na sua frente, sorridente, com o mesmo ar despreocupado e negligente de sempre, desde que eram crianças. Ahti não pensou duas vezes antes de segurá-la pelos braços e encarar fundo em seus olhos.
-Sua...
-De nada - ela respondeu alegre. - Você dormiu dias e mais dias, sabia?
-Estavamos preocupados, apesar de não estar ferido não é comum dormir tanto. - o golfinho emendou.
-Dormir... Hella...
-Vejo que vocês tem muito o que conversar, além das aulas que tenho que dar, vou deixá-los...
-Hella! - Ahti gruniu puxando a mão da sereia.
-Por que está me olhando assim?
-O que aconteceu? Você se machucou? Como viemos parar aqui? E os tubarões?
-Calma, uma coisa de cada vez... - ela agitou as mãos virando o rosto - Estamos bem, está tudo bem para todos.
-Para de falar isso...O que houve?
-Você não lembra de nada? - ela torceu o nariz, depois riu. - O que você estava fazendo lá de qualquer jeito?
-Eu fui buscar você sua irresponsável! Eu falo que o oceano é perigoso, mas você é teimosa sua inconsequente! - ele gritou cruzando os braços.
-Ninguém pediu pra me seguir! Por que você não vai cuidar da vida de outra pessoa?
Os dois deram as costas murmurando: idiota. Depois nadaram em direções opostas, Hella lembrava de tudo, Ahti fora atrás dela... Estava cercado por tubarões e podia ter morrido, ainda assim a mandou fugir. Aquele idiota, lembrava que por um momento tremera inteira pensando que tudo podia dar errado, mas por algum motivo vendo a profundeza dos olhos dele, ouviu aquela voz e tudo fcou bem. Mas ele não lembrava de nada, devia ter batido a cabeça.
-Irresponsável...- Ahti balbuciava se afastando. - Eu me preocupo com você sua idiota...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sob o Mar (5)

Mesmo que pudesse lembrar de tudo nitidamente, Hella sabia que jamais poderia definir o que a estrela do mar lhe mostrara. O enorme cristal azulado que ressoava e reluzia no fundo do oceano e a face feminina que lhe sorria lá de dentro, Ziya transmitia paz, conforto... Segurança. Nunca se sentira tão bem antes na vida. E de alguma forma, entendeu a mensagem, podia ouvir aquela mesma voz ao seu ouvido:
-A luz em si e ao seu redor, nenhum mal ou escuridão a envolverão...
Despediu-se sorridente, de alguma forma toda aquela conversa chata do golfinho sobre como Helmi surgiu, para se unirem e protegerem fazia sentido. Sem luz as pessoas tinham medo e sofriam, por isso se reuniram com a pouca luz que restava. Enquanto nadava seus olhos vagavam e aqui e ali nas profundezas pequenos pontos de luz a guiavam.
-Ori... – ela sorriu nadando mais rápido.
Então uma faixa cortou as águas à sua frente, ainda estava longe mas reconheceu o feixe de luz dourada. As lanças dos tritões faziam aquilo, mas ainda estava longe de Helmi... Ainda era oceano aberto. Uma sensação desagradável formigou em sua nuca conforme via as rochas ao redor e lembrou-se dos tubarões. Outros clarões, um tritão lutava...
-Ahti! – exclamou pasma lembrando do chefe da guarda, seu amigo de infância rabugento – Ahhh idiota, idiota...
Nadou tão rápido quanto pode para assistir Ahti afastando dois tubarões com sua lança, sozinho não era a mesma coisa que espantá-los em Helmi, sozinho ganhara um ferimento profundo no braço e o sangue se espalhando só parecia fazer os tubarões atacarem mais ainda. Hella hesitou por um momento agarrando a jóia em seu pescoço, a luz irradiava e aquecia seu rosto.
-Ahti! – chamou e o tritão se virou na direção dela.
-HELLA SAI DAQUI! – ele mandou agitando a lança conforme um tubarão ia na direção da sereia.
-Parem já com isso! – ela mandou girando na água, foi parar entre o tritão e os tubarões, abrindo os braços. – Chega!
-Hella! – Ahti gritou.
-Está tudo bem... – ela murmurou ao mesmo tempo em que ouvia a voz em seus ouvidos, Ori... Quente e suave. – Está tudo bem...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Pausa pra um poema

Pintei o céu azul turquesa,
do violeta ao dourado teu.
Colhi as rosas e violetas,
antes dos sonhos de Morfeu.

Entreguei-te sem palavras,
tudo que poderia ter e dar.
Aceitou ainda que encabulada,
sem nada poder retornar.

E antes que acabe-se tudo que temos...
Aceita meu beijo, aceita... E acabemos...
Tudo em mim para ti foi se acabar.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sob o Mar (4)

-Aqui, Hella... Hella!
Ela não sabia de quem era aquela voz, acordou com ela e nadou a seguindo para fora da rocha, se fosse até a superfície poderia ter algo pra guiá-la, mas era perigoso. Permaneceu nas profundezas com aquela voz, a luz azulada do colar a guiando e confortando. Quem estava chamando? Mais fundo, a pressão da água a fazia encolher, mas continuou, até ver algo à sua frente.
-Hella...
-Que...? – murmurou apertando a vista.
Luz, pontos, depois faixas, mexiam, dançavam... Nadou mais depressa, eram algas? Plantas? Coral? Era tudo, brilhantes e reluzentes, em cores vivas dançando conforme a água movia saída de pequenas frestas nas rochas do fundo do mar. Tudo brilhava e iluminava ali, o cenário alegre e iluminado que nunca conheceu fora de Helmi. Não pode conter o sorriso que brotava em seu rosto.
-Ora, ora... Visitas! – uma estrela do mar murmurou se arrastando sobre uma pedra, brilhava num tom de laranja. – Quem temos aqui?
-Aonde eu estou? – Hella perguntou olhando ao redor encantada.
-Mal educada, quando visita alguém se apresente primeiro! – uma esponja bradou balançando com a água.
-Desculpe-me, sou Hella. Eu estou...perdida. Pode me dizer que lugar é esse?
-Não se assuste menina, ela é nervosa assim mesmo, não gosta de visitas. – a estrela murmurou se aproximando, indicando a esponja com uma de suas pontas. – Hella, você disse? Que nome bonito... E que colar bonito você tem também...
-Era de minha mãe.
-Não, não era! – a esponja gritou.
-Ignore, ignore... – a estrela repetiu – Você está em Ziya*! A luz do oceano... E essa bela jóia em seu colar, veio daqui. Sim, sim.
-Essa jóia? – Hella segurou o colar. – Eu ouvi alguém me chamar até aqui...
-Uma voz baixa?
-Sim.
-Suave? Acolhedora? – a estrela insistiu.
-Como sabe?
-É a voz de Ori**! Todos ouvimos por aqui... – a estrela do mar comunicou – É a voz de sua luz!
-Luz? – Hella torceu o nariz. – Eu não tenho luz é esse colar...
-O colar tem luz, você tem luz... Todos temos luz, menina tola. – a esponja murmurou ranzinza.
-Quando as águas escorreram da superfície e inundaram tudo, a luz da superfície deixou de atingir os pontos mais distantes... Veio a escuridão... – a estrela recitou se fechando – Foi quando surgiu Ziya, trazendo a luz para as profundezas...
-Achei que Ziya era esse lugar...
-Foi chamado em nome Dela. – a estrela concordou se abrindo – Pois foi aqui que ela deitou-se e nunca mais acordou. Ela trouxe a luz e a presenteou a todos, para que pudessem guiar-se nas profundezas. Para que não houvesse medo...
-Medo?
-Sim, a escuridão trás a incerteza e a incerteza trás o medo... O medo deixa todos frios e maus... – a estrela murmurou. – Mas se você ouvir Ori, terá luz e ficará livre do medo e da escuridão.
-Tudo isso é muito bonito, mas como eu volto pra casa?
-Deixe Ori a guiar. – a estrela respondeu – Mas antes venha comigo... Vou mostrar como afastar o medo e a escuridão...
-Mas...
-Venha, venha...- a estrela pediu agitando suas pontas. – Só quem ouve Ori e encontra Ziya, pode espantar as sombras e trazer de volta a luz as profundezas... Antes que tudo se perca em medo.
Concordou com a cabeça sem querer, Hella lembrou de todos em Helmi, tão felizes dentro das paredes de coral e tão receosos no mar aberto... Medo e escuridão. Era isso que os mantinha presos nas paredes seguras? Era isso que os fazia tão sérios e nervosos? Ahti? Era estranho imaginar que um tritão podia estar com medo, medo de que? Mas já que estava ali, decidiu obedecer a estrela, afinal tudo lá era lindo e luminoso, era o lugar mais pacífico que já viu.

*Ziya, quer dizer brilho em árabe.** Minha luz, em hebreu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sob o Mar (3)

-Achem... eu sinto o cheiro! – um dos tubarões falava enquanto se separavam nadando entre os rochedos.
Hella tentou ir mais fundo nas algas, se esgueirava como podia para longe apertando o calor para que a luz não saísse e denunciasse aonde estava. Uma vozinha insistente vinha por trás de seu ombro: Hella, Hella, aonde você se meteu agora? Sentiu pedras caírem quando um tubarão bateu com a cauda em um dos rochedos e acabou soltando uma exclamação de susto... Olhos brilharam na escuridão das profundezas.
-Vem cáááá!
Nadava o máximo que podia para longe e para o fundo, tentava se esconder de novo, tentava fugir. E aquela voz estranhamente familiar em seu ouvido: Hella, venha cá! Ao passar numa área mais estreita sentiu enguias lhe queimarem a cauda, mas continuou nadando, tateou no escuro um buraco numa rocha e se enfiou lá dentro, apertando a jóia, esperando que eles fossem embora, a dor insistente.
-Eu to com fome! – o tubarão reclamava, as vozes sumindo na distância.
Estava a salvo? Segura? Relaxou um pouco, fechou os olhos tentando se acalmar. Longe dali as crianças trocavam objetos em Helmi, longe dali seu professor agora dava aula para outra pessoa, dando piruetas para chamar a atenção das crianças. Ahti devia estar mandando alguém vigiar os muros, outro ir ajudar a cuidar das crianças... Estavam todos bem e fazendo o que deviam fazer, ela não tinha que fazer nada, podia ficar ali e dormir.
-Ficar só... só.... só ficar aqui... – murmurou se ajeitando, soltou a jóia e a luz azulada iluminou seu pequeno refúgio.

-Ahti. Você viu Hella? – o golfinho perguntou circulando o tritão.
-Ela estava lá fora com as crianças quando fui buscá-las. – ele respondeu endireitando o torso e deixou os olhos azuis vagarem juntos ao do golfinho – Não voltou ainda, professor?
-Não, ainda não a vi... Queria lhe dar os parabéns, achei que você sabia aonde ela estava, já que são amigos de infância.
-Não somos amigos há muito tempo, professor... – Ahti respondeu virando-se – Deve estar nadando ao redor da cidade...
-Não está preocupado? – o golfinho insistiu.
-Ela já não é uma criança, faz o que bem entender...
-Entendo. Pra esse lado não fica a saída? – o golfinho perguntou como quem não quer nada vendo o tritão mover-se.
-Como guarda tenho que cuidar de todos de Helmi.
-Você é um bom guarda, Ahti. – o golfinho murmurou o vendo sumir de vista. – E um bom amigo... Agora, aonde estão meus novos alunos?

sábado, 19 de junho de 2010

Sob o Mar (2)

2

-Esse brilha! – era apontado um pedaço de metal que se soltou.
-Olha, tem outro daqueles desenhos estranhos! – era apontada uma bandeira.
Hella achava engraçado os dias depois de tempestades, as crianças nadavam para todos os lados procurando coisas interessantes, depois as trocavam entre si ou davam de presente. Coisas sem sentido que ela nem imaginava para que serviam, mas era sua brincadeira favorita quando era criança, agora se sentia sem graça de participar, ainda que apontasse na direção de algo interessante que visse para os outros pegarem. Tinha que ser rápido, depois de algum tempo chegavam os tritões* e acabava a festa, mandavam todos de volta para Helmi, onde era seguro.
-Hella! Você devia dar o exemplo para as crianças! – um dia, um dia era a diferença entre ser mandada gentilmente de volta ou levar um berro, era a magia do aniversário.
-É só uma brincadeira, Ahti**! – ela respondeu cruzando os braços para o chefe da guarda.
-O oceano aberto é perigoso, você sabe disso! – ele gritou de volta levantando a lança – Você já é uma adulta, aja como uma ao invés de ficar pegando lixo que cai da superfície.
-Fácil pra você que nasceu velho! Já que sou adulta pare de tentar mandar em mim e vá fazer seu trabalho!
Deu as costas para o tritão nadando na direção oposta, o silêncio das profundezas a entendia, não a julgava nem tentava prender dentro dos corais. Sua mãe a levara para caçar tesouros quando era pequena, juntavam o que brilhava e faziam enfeites, mas agora sua mãe não estava mais ali e nunca mais teve vontade de fazê-los. Parou abruptamente ao notar que já não havia mais luz alguma além da de seu colar, tinha nadado longe demais, perdia a noção do tempo e do espaço quando estava brava.
-É tudo culpa do Ahti... – torceu o nariz olhando ao redor. – Frio...
-Você está perdida? – a voz veio de baixo dela, quando olhou era um pequeno peixe. – Parece perdida, sim, sim...
-Eu não sei de quem lado eu vim. – Hella confessou.
-Se você for um tubarão...
-Eu não sou um tubarão. – ela murmurou.
-Da esquerda...Se for qualquer outra coisa, da direita.
-Direita? Obrigada. – Hella agradeceu saindo nadando para a direita, não devia mesmo ter ido tão longe.
-Humn, minha esquerda, era um tubarão mesmo... – o peixinho murmurou a vendo sumir na escuridão.
Hella nadava entre os rochedos quando sentiu uma corrente de água a empurrar, havia pontas ali, formações rochosas. Aquele era o lado errado, xingou baixinho o cérebro de peixe que a mandara pra lá. Outra corrente de água, foi parar entre as rochas, se abaixou olhando ao redor, era tudo tão escuro, uma sombra passou por cima dela e prendeu a respiração por um momento. Outra sombra, sombras grandes, nadavam de um lado para o outro.
-Eu to com fomeeeeeeee! – uma das sombras reclamava.
-Fica quieto, ninguém mandou ser tão lento e deixar o cardume fugir. – outra respondeu.
-Não fui lento! Eu só não quis chegar mais perto das sombras da superfície! – desculpou-se.
-Fiquem quietos os dois, ou vamos ter que nadar mais alto ou mais longe, mas não podemos ficar sem comida...
Tubarões. Hella nunca estivera tão perto deles, tampou a jóia com as duas mãos para continuar na escuridão, não queria que a vissem. Já os vira caçando, perseguindo cardumes inteiros e abocanhando metade, os ouvindo conversar pareciam normais, mas sabia que se a vissem ali teria que correr por sua vida. Sentiu algo enroscar em sua nadadeira, quando olhou para baixo notou as algas, eram altas e volumosas, podia se esconder ali. Foi descendo devagar, com muito cuidado.
-Helmi tem peixes! Muitos peixes!
-Está louco? Aqueles tritões já me furaram inteiro! – o outro gritou.
Ahti. Hella lembrou que era tudo culpa dele, sempre pegando no pé dela, desde que eram crianças, a mandando fazer isso e aquilo, dando broncas. Os tubarões pararam de falar e ela se encolheu entre as algas, ouviu um deles murmurar: tem alguém aqui...


*Tritão, criatura marinha humanóide com cara de peixe, alguns possuem nadadeiras como as Mermaids, outros patas como as de girinos.
**Ahti, Deus finlandês dos oceanos, rios e da pesca.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sob o Mar (1)

Como prometido pra Lena, vou começar uma histórinha de fundo do mar com sereias. Que tamanho ela vai ficar não sei, mas os capitulos vão ser curtinhos... Postando o primeiro hoje.

1

A água era fria, tão fria quanto podia ser enquanto a tempestade vazia a superfície, chamava as ondas para revolver e os raios para partir o céu. Enquanto a madeira se partia ao meio tudo era envolvido pelo mar, tudo era abraçado pelo mar... E sob ele reinava a escuridão, pois os raios de luz não atravessavam muito mais que a superfície e se conseguisse manter os olhos abertos antes do sangue congelar, talvez você pudesse ver... Helmi*. A pérola mais profunda do oceano, com seus recifes coloridos iluminados pelos peixes neon que produziam a luz das profundezas.
-Hella! Hella! – o golfinho nadava velozmente pelo castelo de coral. – Hella**! É nossa última aula, não fuja!
-Quem está fugindo aqui, sabichão? – a moça perguntou rodopiando na água e deitando na abertura para o mar, os olhos negros como as profundezas e os cabelos azulados como o céu.
-Respeite o seu professor, Hella! – o golfinho pediu olhando na mesma direção – É só mais uma tempestade, logo vai passar...
-Sabe o que isso quer dizer? Amanhã tem caça ao tesouro! – ela comentou animada abraçando o golfinho depois dando para longe, a cauda de sereia*** ondulando refletindo um tom azulado.
-Hella, não saia do castelo no meio da tempestade!
-Não faça isso, não faça aquilo, cuidado com os tubarões... Quem é o fujão medroso aqui? – ela perguntou apontando na direção do professor.
-Prudência é diferente de Medo, assim como Sabedoria é diferente de Covardia. – o golfinho respondeu fechando o caminho da jovem. – Comporte-se, você já é uma adulta.
-E se eu não quiser ser uma adulta?
-Tarde demais para pensar nisso, Hella. O aniversário será amanhã e não a quero fazendo uma bagunça por todo o Castelo de Coral, apenas me acompanhe.
Nadaram lado a lado pelos corredores e cavernas dos corais, até irem até a parte mais profunda e escondida, uma pequena sala de estudos que guardava um baú perolado. O golfinho bateu com uma das nadadeiras nele e o indicou com os olhos para que a sereia o abrisse, lá dentro um colar de pérolas com um cristal azul no centro que brilhava na escuridão do fundo do mar.
-É muito bonito...
-Sua mãe era a melhor amiga da Rainha, acredite se quiser, foi um presente de casamento que ela ganhou do próprio Rei e agora ele é seu. – o golfinho anunciou em tom solene.
-E o que eu ia fazer com uma coisa dessas? – Hella perguntou cruzando os braços, fora sua blusa azul e uma pequena estrela do mar negra nos cabelos não usava coisa alguma para enfeitar-se.
-Você nunca prestou atenção em nada do que lhe falei não é mesmo? – ele perguntou em tom irritado – É sua herença, Hella. Sua mãe queria que o usasse e não é apenas uma jóia. Mas você no fundo sabe disso não sabe? Não tenho mais nada a ensinar, agora terá que nadar por si.
O golfinho se afastou e apesar do tom profissional ela sentia uma pontada de carinho e amor paterno que ele deixava para trás, conforme nadava para longe a deixando a sós com o brilho da jóia no baú. Encarou o cristal por horas, sabendo que aquilo não traria sua mãe de volta nem poderia apagar as manchas escuras em suas memórias, mas quando o tocou com a ponta dos dedos, sentiu o amor da mãe tocar seu coração. Era tarde demais para não crescer, era tarde demais para viver no passado.
-Obrigado... – murmurou enquanto colocava o colar, apertou a jóia depois girou na água perguntando para o infinito – Estou bonita, mãe?


*Helmi, quer dizer pérola. No caso é o nome do lugar onde fica o castelo de coral.
*Hella, quer dizer abençoada.
***Nessa história as sereias são as Mermaids (mulheres meio peixe) não as Sirenias (sereias gregas) que eram na verdade mulheres pássaro que viviam nos rochedos e atraiam marinheiros com seu canto.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Anyone will do

When all hope is gone,
and the best lost in time.
This will be the song,
to tell all past goodbye.

Cause if it's over for you,
then it's over for me too.
And If I can't have you,
anyone will do...Just do.

Anyone will do tonight,
tomorrow or sunday night.
If it's not you, anyone will do,
all are just another thing to do.

Another bed, another perfume,
another wine and another name.
If its over for you, it's for me too,
and anyone else will do,
cause no one is like you...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Saudades

Se o tempo parasse, aonde estaria?
Deitada noutra cama ou sentada sozinha?
Se o relógio voltasse, seria que dia?
O que em sai da sua ou você entrou na minha?

E se o espaço se abrisse, cairia?
Em outra realidade ou na mesma vida?
E se o quarto encolhesse, sairia?
Indesejada, irrelevante ou querida?

Não sabendo de nada, quem diria.
Não tenho respostas ao fim do dia.
Apenas a certeza que o passado vinha,
apunhalar saudades suas nas minhas...

sábado, 12 de junho de 2010

Começar a viver

Histórinha que inventei pra lil hoje no msn...^^

Sem formatação, to só colando do msn

---x----

numa vizinhança afastada do centro da cidade... viviam criminosos, delinquentes e isolados pessoas que a maioria prefere manter à distancia... um dia, pintaram em uma das portas da vizinhança o rosto de uma mulher o dono da casa que tinha acabado de sair da prisão achou que tinha sido um dos garotos...e foi tirar satisfações... houve briga e discussão, até que o homem voltou para casa...e no dia seguinte o acharam morto... uma semana depois em outra porta...pintaram o mesmo rosto... na casa viviam garotas de programa, mas elas ao contrário do homem ignoraram a pintura... no dia seguinte, mais uma vez...encontraram pessoas mortas mas uma das mulheres sobreviveu e deixou a vizinhança... e assim a cada semana uma porta era pintada...e os moradores apareciam mortos sem sinal de violencia, marcas ou qq coisa...apenas morriam... um dia...um garoto intrigado, foi procurar a antiga garota de programa para perguntar o que aconteceu naquele dia...já q era a unica sobrevivente
depois de rodar a cidade inteira...ele encontrou-a... ela tinha voltado a estudar e trabalhava em um bar a noite... quase não a reconheceu porque agora ela parecia muito com as pessoas normais e não os párias que moravam naquela vizinhança ele esperou para poder falar com ela sozinha e perguntou: o q aconteceu naquele dia? por que as pessoas nas casas com o rosto da mulher morreram?
ela falou que aquela noite uma pessoa apareceu, coberta dos pés a cabeça, então ela não sabia quem ou o que era...mas q explicou pq estava fazendo o q fazia...
o assassino falou q o rosto pintado nas portas...era o rosto da mãe dele e tb falou o seguinte "Do momento em que você chegou no mundo até o momento em que partir dele, pelo menos uma mulher irá te amar incondicionalmente... Se você não merecer, ou nunca conhecer tal amor, você não tem o que fazer aqui..." o garoto voltou pra vizinhança... e a porta da casa dele estava pintada... ele ficou esperando na sala até o assassino aparecer...
e ouviu a mesma coisa que a mulher lhe contou
"Do momento em que você chegou no mundo até o momento em que partir dele, pelo menos uma mulher irá te amar incondicionalmente... Se você não merecer, ou nunca conhecer tal amor, você não tem o que fazer aqui..."
ele concordou com a cabeça frente ao assassino
"eu sei que posso não merecer, por tudo que sou e já fiz, e não consigo me lembrar de um dia ter amado alguém da forma como mereciam...Mas eu sei que se eu morrer hoje, vou me arrepender de não ter vivido como devia, porque eu quero o amor, a dor e todos os desafios da vida para ser uma pessoa melhor..." e o assassino perguntou: "Você vai ser uma pessoa melhor?" e a resposta foi: "Nenhum de nós vai saber, a menos que você me deixe viver e tentar..."
o assassino foi embora... e no dia seguinte o garoto voltou ao bar para falar com a mulher que sobreviveu... ele agradeceu, porque sem ela ele teria morrido...e pior...nunca teria percebido q nunca viveu...

e ela respondeu: quer começar a viver hoje comigo?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Velhos conhecidos

Nada de poemas hoje! Encontrei no ônibus, ou melhor, fui encontrada por um velho conhecido, o que me levou a pensar em todas às vezes em que você encontra, ou é encontrado por, alguém na rua, ou seja lá aonde estiver. Quantas vezes nesses encontros não se fala do passado?
Memórias, pessoas, lugares, como se ainda significassem aquelas mesmas coisas. Mas o que elas significam hoje? A lembrança está lá, você sabe como é, mas não é mais nada daquilo há tempo demais. O que me faz pensar que o passado realmente é um tipo de museu, exposição da memória, ou porão obscuro, sempre possível de ser visitado e com todos seus detalhes intocados, mas separado de sua vida e seu presente.
Quantas pessoas foram deslocando-se, perdendo seus lugares e ganhando outros ao fundo? Quantos acontecimentos já não tem importância ou sentido? Quantos sentimentos se aquietam e dispersam? Velhos conhecidos, familiares, mas distantes...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Breaking point

Would you take the easy way?
The path of least resistence?
I am sorry and hate to say,
but that's not gonna happen today.

Getting near the breaking point,
on a psicotic break countdown.
Getting near the last drop,
someone will be sorry somehow.

Cause I had enough, more then that.
And I am sick, and I am tired...
Coming closer heart my heart,
screaming to break apart and fire.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

All right

You're not here tonight
and I can't help to think
are you alright? Really alright?

Your scent is so long gone,
and I can't help to think
this is no longer my home.

The light inside your eyes
fade to black beneath the skies.
Are you alright? Really alright?

I can't help myself anymore
wishing you here, wondering...
Could it be just like before?

You wouldn't answer me tonight,
won't be here beside me, not really...
And as I fade to black inside
give me goodnight and I'll be alright.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quando crescer

Quando crescer saberei melhor,
tanta bobagem que não faz sentido.
Sobre um joelho e garganta em nó,
vou te pedir: casa comigo?

E ai fugimos do nosso próprio casamento,
só porque assim é mais divertido.
Amar sem regras e sem instruções,
só com o que nos deixa sorrindo.

E vou te deixar, depois de uma briga,
pra você vir me puxar de volta pra cama.
Se eu pedir desculpas por tudo, eu sei,
que você vai entender quando crescer.
Mas agora vai chorar, eu te consolo,
e o depois vem que vem...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Ainda era possivel ouvir sua respiração, assim como sentir seu fôlego no meu pescoço, apesar dos olhos fechados negando a realidade. Seu sangue palpitando ou sua presença entre meus braços não faziam sentido, frente ao frio que subia minha espinha...
-Você... me ama?
-Sim...
E era tudo que precisava ser dito, para esticar o lábio em um sorriso e fazer mornas as juntas frias de suspense.

terça-feira, 25 de maio de 2010

40 erros comuns ao trnasar com uma mulher

Versão para homens hetero e mulheres homo.

01. NÃO BEIJAR PRIMEIRO.Evitar os lábios e ir direto às zonas erógenas faz com que ela se sinta como se você estivesse pagando por hora e tentasse fazer o dinheiro valer cortando partes não essenciais. Um beijo apaixonado conveniente é a forma de preliminar definitiva.

02. DAR UM CHUPÃO NA ORELHA.Seja franco: algum cara na escola lhe contou que as garotas adoram isso. Bom, há uma diferença entre ser erótico e chupar como se você estivesse tentando fazer respiração boca-a-boca num hipopótamo. Isso machuca.

03. *NÃO FAZER A BARBA/ NÃO DEPILAR-SE*. Freqüentemente você se esquece de que tem um porco-espinho atado ao seu queixo, o qual você arrasta repetidamente através do rosto e das coxas da sua parceira. Quando ela vira a cabeça de um lado para o outro, isso não é paixão, ela está tentando se esquivar.

04. ESPREMER OS SEIOS DELA.Quando botam as mãos neles, a maioria dos homens age como uma dona-de-casa experimentando um melão para ver se ele está maduro. Afague-os, acaricie-os e alise-os.

05. ABOCANHAR OS MAMILOS.Por que os homens se grudam nos mamilos de uma mulher e depois os tratam como se quisessem esvaziar o corpo dela pelos seios? Mamilos são extremamente sensíveis. Eles não resistem a mastigação. Lamba e sugue gentilmente. Dar-lhes pancadinhas com a língua de um lado ao outro é legal. Fazer de conta que eles são um brinquedo de cachorro não é.

06. TORCER OS MAMILOS DELA.Pare de fazer aquela coisa de girar os mamilos entre o indicador e o polegar como se estivesse tentando sintonizar uma rádio numa área montanhosa. Concentre-se nos seios como um todo, não só nos pontos de exclamação.

07. IGNORAR AS OUTRAS PARTES DO CORPO DELA.Uma mulher não é uma via expressa com somente três saídas: Peito Leste e Oeste, e o Túnel do Meio. Existem vastas áreas do corpo dela as quais você freqüentemente ignora quando passa direto para Vagina Central. É hora de começar a lhes dar atenção.

08. ENROLAR AS MÃOS.Falta de destreza manual na região sub-saia pode resultar em dedos e roupas de baixo torcidas. Se você for tão direto assim, peça a ela que tire logo o troço todo.

09. DEIXAR-LHE UM PRESENTINHO.Jogar a camisinha fora é responsabilidade de quem utilizou. Você usa, você descarta.

10. ATACAR O CLITÓRIS.Pressão direta é muito desagradável, portanto gire gentilmente seus dedos pelas laterais do clitóris.

11. PARAR PRA RESPIRAR.Diferentemente dos homens, mulheres não continuam de onde foram deixadas. Se você parar, elas voltam para a casa número 1 bem depressa. Se você perceber que ela ainda não chegou lá, continue custe o que custar, mandíbula dormente ou não.

12. DESPI-LA ESTUPIDAMENTE.Mulheres destestam parecer estúpidas, mas é exatamente o que ela vai parecer ao ficar nua da cintura para baixo com um suéter enrolado na cabeça. Desembrulhe-a como um presente elegante, não como um brinquedo de criança.

13. ATOCHAR A CALCINHA DURANTE AS PRELIMINARES.Acariciá-la gentilmente através da calcinha pode ser bem sexy. Atochar o tecido entre as coxas dela e ficar puxando pra frente e pra trás náo é.

14. SER OBCECADO PELA VAGINA.Embora a maioria dos homens(e algumas mulheres) possa achar o clitóris sem mapas, eles ainda acreditam que é na vagina que acontece tudo. Tão logo sua mão esteja lá, você age como se estivesse tentando pegar a última batatinha num canudo de Pringle's. Isso está correto em princípio, mas se você não for cuidadoso (e tiver cortado as unhas), pode machucar - portanto, não se empolgue. A princípio, é melhor dar atenção ao clitóris e ao exterior da vagina, e então inserir gentilmente um dedo e ver se ela gosta.

15. MASSAGEM GROSSEIRA.Você tenta dar a ela uma massagem sensual, relaxante, para deixá-la no ponto. Pode usar as mãos e pontas dos dedos; cotovelos e joelhos, não.

16. TIRAR A ROUPA DEPRESSA DEMAIS.Não force a barra tirando a roupa antes que ela tenha feito algum gesto para ver o seu material, mesmo que seja apenas desabotoar dois botões.

17. TIRAR AS CALÇAS PRIMEIRO.Um homem ou mulher de meias e cuecas(com exceção se o conjunto de lingerie for para esse momento, no caso das mulheres) é horrível. Tire as meias primeiro.

18. INDO DEPRESSA DEMAIS.Quando você parte para a situação dedos-na-vagina/pênis-na-vagina, a pior coisa que pode fazer é bombear como se fosse uma ferramenta industrial - ela logo vai se sentir como uma operária de linha de montagem tornada obsoleta pela sua tecnologia. Aumente o ritmo vagarosamente, com arremetidas limpas, retas e regulares.

19. INDO COM FORÇA DEMAIS.Se você bater seus grandes ossos dos quadris contra as coxas ou o estômago dela(pras que usam dildo), a dor será igual a duas semanas de cavalgada concentradas em poucos segundos. Vale o mesmo para posições pouco convencionais.

20. GOZAR DEPRESSA DEMAIS.É o medo da maioria. Com razão se você desfalecer antes de ver o branco dos olhos dela, certifique-se de que tem um plano "B" para assegurar o prazer dela.

21. NÃO GOZAR NUM TEMPO RAZOÁVEL.Você pode achar que transar por horas sem chegar ao clímax é a marca de um/uma deus/deusa do sexo, mas pra ela isso se parece mais com a marca de uma vagina dormente. Pelo menos compre algumas tapeçarias suspensas enigmáticas, para que ela tenha algo em que prestar atenção enquanto você banca o/a Homem/Mulher-Maratona.

22. PERGUNTAR SE ELA GOZOU.Realmente, você deveria ser capaz de perceber. A maioria das mulheres faz barulho. Mas se você realmente não sabe, não pergunte.

23. FAZER SEXO ORAL COM GENTILEZA EXCESSIVA.Não se comporte como um/uma gato/gata gigante num pires de leite. Coloque a boca inteira lá e concentre-se em rodar a língua gentilmente ou dar petelecos com ela no clitóris.

24. CUTUCAR A CABEÇA DELA.Os homens insistem em fazer isso até que ela olhe-pro-pênis, esperando que isso levará rapidinho a boca-pro-pênis./Algumas mulheres insistem em fazer isso até que ela olhe-pra-vagina, esperando que isso levará rapidinho a boca-pro-clitoris. Todas as mulheres odeiam isso. Está a três passos de ser arrastada pelo cabelo para uma caverna. Se você quer que ela use a boca, use a sua; experimente falar sedutoramente com ela

.25. NÃO AVISAR ANTES DE GOZAR.Gozo nem todo mundo gosta. Quando ela estiver fazendo sexo oral, avise-a antes de gozar para que ela possa fazer o que achar necessário.

26. FICAR SE MEXENDO DURANTE A ORAL.Não empurre e nem puxe. É ela quem vai fazer todos os movimentos durante o boquete. Você apenas repousa. E não agarre a cabeça dela.

27. IMITAR ATITUDE DE FILME PORNÔ.Nos filmes pornô, as mulheres adoram quando os homens ejaculam sobre elas. Na vida real, isso significa apenas mais roupa para ser lavada./Nos filmes pornô, as mulheres adoram berrar, como se tivessem tendo um colapso nervoso. Na vida real, isso significa fingir orgasmo. Então somente berre se realmente estiver com vontade de berrar, pois sua mulher vai perceber se esta sendo sincero ou não.

28. DEIXÁ-LA POR CIMA POR ERAS.Pedir para que ela fique por cima é ótimo. Ficar deitado grunhindo enquanto ela faz todo o trabalho duro não é. Acaricie-a gentilmente, para que ela não se sinta inteiramente como um capitão de escuna. E deixe que ela descanse.

29. TENTAR FAZER SEXO ANAL E FINGIR QUE FOI UM ACIDENTE.Foi desse jeito que os homens ganharam a reputação de não seguir a bula, não faça o mesmo. Se você quer botar lá, peça primeiro. E nem pense que estar bêbado é desculpa.30. TIRAR FOTOS.Quando vc diz, "Posso tirar uma foto sua?", ela vai ouvir as palavras "- pra mostrar pra galera". Pelo menos, deixe que ela fique com a posse das fotos

.31. NÃO TER IMAGINAÇÃO SUFICIENTE.Imaginação vai desde desenhar padrões nas costas dela até derramar mel sobre ela e lambê-lo. Frutas, vegetais, gelo e plumas são todos dispositivos úteis; cera quente, tinta indelével, de jeito nenhum.

32. *ESTAPEAR O SEU ESTÔMAGO CONTRA O DELA*. Não há barulho menos erótico. É tão sexy quanto um concurso de arrotos.

33. COLOCÁ-LA EM POSES ESTÚPIDAS.Se ela quer fazer yoga avançada na cama, excelente, mas a menos que ela seja uma ginasta romena, não seja ambicioso demais. Pergunte-se se quer uma parceira sexual com os tendões torcidos.

34. PROCURAR PELA PRÓSTATA DELA.Leia isto cuidadosamente: estimulação anal é boa para os homens porque eles têm próstata. As mulheres não têm.

35. DAR-LHE MORDIDAS DE AMOR.É extremamente erótico exercer alguma sucção gentil nos lados do pescoço, se você fizer isso com cuidado. Nenhuma mulher quer ter que usar golas rolê e echarpes vistosas por semana a fio.

36. LADRAR INSTRUÇÕES.Não dê gritos de incentivo como uma treinadora de boxe tailandes com um megafone. Não é lá muito excitante.

37. FALAR PUTARIAS.Faz com que você pareça um/uma editor/editora de revista solitária ligando para o Disque-Sexo. Se ela gosta de escutar sacanagem, você vai ficar sabendo.

38. NÃO SE IMPORTAR SE ELA JÁ GOZOU.Você tem de terminar o serviço. Continue tentando até que o tenha feito direito, e ela poderá fazer o mesmo por você.

39. ESMAGÁ-LA.Ninguem escolhe um amor por peso e nem deve, mas é bom tomar cuidado. Portanto se você ficar em cima dela um tanto pesadamente demais, ela acabará ficando roxa.

40. AGRADECER.Nunca agradeça a uma mulher por fazer sexo com você. Seu quarto não é casa de caridade.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nem um nem outro

-Ei...você ainda está aí?
-Que tipo de pergunta é essa?
-Só queria ter certeza...
-Eu sempre estive aqui. Aonde mais estaria?
-Sei la... Eu só pensei que...
-Eu tinha ido embora?
-É...
-Você quer que eu vá?
-Não. Mas pensei que você fosse...
-Eu só iria se você quisesse.
-Mas você nunca está realmente aqui...
-E o que isso quer dizer?
-Você não vai embora, mas você também não fica comigo....

sábado, 22 de maio de 2010

Realmente ver

Lágrimas internas de olhos secos,
um choro que só ecoa na memória.
Feridas antigas, cicatrizes momento,
pequenos pedaços de uma história.

Um sorriso maldoso ou maquiado,
felicidade que vem e vai embora.
Um suspiro ou cochicho abafado,
palavras gordas foram jogadas fora.

Um carinho gelado, toque de inverno.
Seu abraço, seu colo, uma glória.
Seus olhos perdidos, um rosto eterno,
sem realmente ver vazio ou jóia.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quero pedir o impossível

Quero que me de amor, mas que, por favor, não me ame.
Quero lhe dar amor, mas, me desculpe, nada além disso.
Quero sua mão na minha, mas nossas vidas separadas.
Quero cama, mesa e banho, mas não dividir um lar.
Quero que signifique tudo, mas não seja nada demais.
Quero que tudo seja simples, te pedir esse pequeno milagre.
Mesmo depois de complicar tudo, começando a lhe amar.

Verde

-Devo dizer que ando muito indignada! Sempre parando com alguém olhando para minha cara!
-Realmente, todos olham pra tua cara!
-E eu poderia dizer: que foi? to verde? Mas que adiantaria se sou mesmo verde?
-Realmente, você é verde!
-E sabe o que me indigna mais ainda?
-O que?
-Ninguém olha pra quem é azul! Nem pra quem é amarelo!
-Ora, isso não é ser verde, por que iriam olhar?
-Azul com amarelo não vira verde?
-Realmente, azul e amarelo vira verde...
-Se azul e amarelo vira verde, não sou um pouquinho de cada?
-Realmente, faz sentido!
-Então se sou um pouquinho de cada, por que o problema sou só eu?! E não os amarelos e azuis?!
-Mas, realmente, é diferente ser um de dois, ou ser os dois ao mesmo tempo. Não é azul, nem é amarelo, é verde!
-Oras!

domingo, 9 de maio de 2010

Desabafo

Às vezes me dá uma vontade absurda de te encostar contra a parede, ir sentindo seu gosto e descendo devagar... Ouvindo seus murmurios até ninguém mais aguentar. Mas eu acho que serei mal compreendida, se disser tudo que já me deu vontade e em que eu penso ultimamente.

Por que mesmo sem dizer já sou tão mal entendida? Como se me arrastasse pelos bordéis da vida, sem sentimento ou emoção, apenas um relance de paixão e tesão. Pro raio que o parta... Não quero só perder a voz, aquecer a pele, largar o juízo...

Quero segurar mãos, descansar no colo... Que carinho e você comigo.

sábado, 8 de maio de 2010

I hope you do mind, but understand

I won't say I hope you don't mind,
If you didn't what would I mean to you?
But please, even if I hope you do,
try to understand what I am telling tonight...

I never said I don't love you anymore!
I do, always have, always will...
But my heart sometimes splits in two,
and three, and four... and sometimes more.

She doesn't have your face, or these hands...
She will never be like you, or loved the same way.
But here I am, loving you with all my heart.
But tomorrow will be her's, and not your day.

I will never lie, and I wish I wouldn't hurt you...
But to be honest I have to be this way...
Loving you my way, only you this way...
Loving her my way, only her in another way...

I know how bad it is and sounds,
and maybe you want to say goodbye.
So knowing that and loving you,
do as you want, be as you want, ask what you want...
And I will try to leave by...

Vou confessar...

Que esse seu jeitinho todo fofo me irrita,
que me dá gana esse seu jeito que só agita,
que me faz querer estrangular essa coisa maldita....

Que esses olhos para o alto me chateiam,
que essas curvas perdidas me desnorteiam,
que me faz querer sumir daqui e sair do meio...

Que esse seu perfume me deixa zonza,
que essa sua teimosia me faz ter força,
que me faz querer... talvez outro dia moça.

Mas eu confesso, que nada disso importa,
pois quando a ouço chegar na porta.
Meu tempo para e a visão entorta,
só de pensar em você chegando...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

You have no power over me

I travelled through every corner of my dreams,
faced monsters and creatures untold.
And now I am here, in the face of reality,
to take back everything you took from me.
You have no power over me.

Give back my sleep, and the sweet goodnight,
Bow down to my kingdom, a banish you from it.
Go back from where you came from,
I am taking back all that's mine to have.
You have no power over me.

sábado, 1 de maio de 2010

Vem... (versão 2.0)

Vem encostar seu lábio no meu,
que já faz tempo que eu espero.
E é doce-amargo fazer tão bem,
algo que nem sempre quero.

Mas hoje eu quero, como quero,
deslizar a mão nos seus cabelos.
E sem intenção ou maldade,
andar ao lado e entrelaçar os dedos.

Vem encostar seu coração no meu,
só pra provar que ele ainda bate.
E deixar eu provar do seu fôlego,
antes que o meu me escape.

Por que hoje a noite eu quero,
enrolar meus braços na sua cintura.
Apoiar meu rosto no seu colo,
sentir calor, tremor e ternura.

Então, meu amor, se você também...
Então vem.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Injusto

Você não é o amor da minha vida,
mas é a graça do meu dia.
Você não é a razão do meu ser,
mas é um bom motivo pra viver.

Você não é a mais linda do mundo,
mas é boa de se olhar andando.
Você não é a única que amo,
mas vou continuar te amando.

E mesmo que não seja tudo,
quem é que um dia é?
E mesmo que não seja justo,
desde quando a verdade é?

terça-feira, 27 de abril de 2010

Pesadelo

Ontem eu tive um pesadelo
e você não foi me acordar.
Eu acordei fria e tremendo
e você não estava lá.

E hoje estou com medo de dormir,
sem ter você lá para me abraçar.
E estou com medo de cair em
pesadelos sem você pra segurar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

All I need

A little affection on the side
and I would never make you cry.
A little love for the weekend
and time would fly us by.

One inch closer to you,
and I would never be cold.
One inch further away,
just I can be so bold.

One sip of happiness in my heart,
so I could share a smile with you.
One sip from your kiss, your taste,
so I could finally get a clue...

On why I want you so damn much
That all I need is your touch.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Farofa xD

"Comprei um saco de farinha
Pra fazer farofa, pra fazer farofa-fa
E tubarão pra mim é sardinha
Metô é lá na roça, Metô é lá na roça-ça
E na FAAP só galinha
ECA nem de graça, ECA nem de graça-ça
E a BA pequenininha
PUC é uma bosta, PUC é uma bosta-ta"

domingo, 18 de abril de 2010

Silencia

Se eu tivesse uma tesoura,
talvez uma faca ou espada.
Cortaria suas cordas,
assim afinal te calava.

Não aguentando mais ouvir,
cada palavra mais estupida.
Cortaria suas palavras,
assim afinal te calava.

Se eu tivesse uma escolha,
talvez um desejo de fada.
Cortaria essas cordas,
assim afinal tudo calava.

Não aguentando mais sentir,
cada ação mais estupida.
Cortaria todas as erradas,
assim afinal tudo calava.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Darkside of the moon

I have been swing around
with this sour taste in my mouth.
And I couldn't wash it out,
always late even when it's so soon.

I have been watching the wolves,
howling in proud over their prey.
And I could sink my teeth deeper
if I wanted. No use in prayers.

I think I have drowned in this lake,
sinking to nothingness and gloom.
Hardly breathing, hardly seeing,
things on the light side of the moon.

Because I turned over to the darkside,
where my eyes don't hurt and I can sleep.
And in this side of the looking glass,
I can smile at the pain and tears that last.

If I were to be saved and brought back,
If light would shine upon me again...
You would see the blod and open wounds,
the nightmares and closets remain...

So don't look over, to the darkside of the moon...
And don't take over, what's from that moon...

sábado, 27 de março de 2010

Angel and Hell

She’s my Angel...
When I can’t sleep at night, she watches over me.
And when she sings is the sweetest lullaby.
When it’s dark she helps me get through.
And when the sun shines she says goodbye.

She’s my Angel...
When I am lost, she Will take over my hand.
And if it’s hurting and all I want is cry.
When she smiles and strokes all harm goes away.
And she won’t leave untill I’m safe again.

She’s my Hell...
When she’s not here the raindrops get colder.
And I may stop believing in angels some day.
When I don’t believe I won’t see her anymore.
And there will never be warmth in my heart again.

She’s my Hell...
When I think about it no one can even compare.
And no woman will ever get me near there.
When all pain and sadness are gone from the world.
And my sweet angel sings to me our old love song.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Chorando com Nietzsche

Eu não posso acabar com isso...
Não agüento a dor, mas sem ela não sei se vivo...
Não adianta chorar, mas peço lágrimas aos meus olhos...

Eu não posso viver com isso...
Mas mesmo sem motivos continuo vivendo...
Mas mesmo sem felicidade continuo sorrindo...

Por que se incomodar?
Você não tem nada a ver com isso.
Por que se preocupar?
Não há nada o que fazer disso.

Eu não posso acabar com isso...
Se a dor me falta, amanha me faltara um sorriso...
Se a lágrima escapa, a culpa se engole num soluço...

Eu não posso viver com isso...
Ainda que fabrique meus próprios motivos...
Ainda que suporte, sem qualquer compromisso...

Pra que me perguntar?
Você não vai entender nada disso.
Pra que me analisar?
Nada de bom virá com isso.

domingo, 7 de março de 2010

Minha menina

E eu não pude acompanhá-la, minha garotinha,
mas me preocupei o caminho inteiro.
E eu não pude nem lhe dizer, minha menina,
o que devia ter dito no primeiro momento.

Que eu poderia chorar o dia todo,
se isso comprasse seu sorriso.
Que eu sofreria quase tudo,
pra você não passar por isso.

Que eu não sou o que merece,
talvez nem o que gostaria.
Mas, menina, se eu pudesse
eu seria... Eu sei que seria...

E eu não pude protegê-la, minha garotinha,
mas sofri junto cada golpe da vida.
E eu não posso tê-la, não vai ser minha,
mas eu sempre penso em você menina.

Se eu mandasse no espaço tempo,
parava aonde pudesse curtir.
E voltava aos bons momentos,
antes de brigar e discutir.

E se eu controlasse o sentimento,
tiraria meu coração daqui.
Mas eu vou continuar devendo,
sem saber como agir...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Onde você não está

Eu sempre estive aqui,
se você vier sempre vai me encontrar...
Eu sempre estive aí,
se você visse sempre iria me encontrar...

Eu sempre pude te ouvir,
Mesmo sem você notar.
Eu sempre por você torci,
Mesmo sem você escutar.

Eu sempre estarei aqui,
Aonde você nunca vai chegar.
Eu sempre estarei ai,
Aonde você nunca vai estar.

E se nunca estivemos juntos,
Não foi por falta de lugar.
E se sempre estivemos separados,
Foi por esperar onde você não está.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ninar

Me enrosca nos dedos,
me envolve nos braços.
Me enrola os cabelos,
me aninha de lado.

Me mima o cansaço,
me convida pro sono.
Me embala no compasso,
brinca de meu dono.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Coisas a fazer

1- As mesmas burrices que os outros NÃO
2- Morder a lingua
3- Não confiar nos outros
4- Agradecer o mendigo
5- Arranjar emprego
6- Ganhar bolsa
7- etc etc etc

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Suck it up

Don’t come and ask me if it hurts... It will always hurt. No matter how much I wonder about it, and make out whose fault it is, why it happened, what it means... It still hurts so bad, to look at myself in the mirror, look inside myself in the eyes. You don’t know the first thing about hurting.
There are only two types of people in my life, the ones who hurt me and the ones I hurt. It’s not like I like it, It’s not like it’s meant to be, it just happens... My life is based on the pain I can take, and the regret of the pain I cause. So yes, it hurts like hell! But there is nothing either of us can do about it, but suck it up.

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Não venha me perguntar se dói... Sempre vai doer. Não importa o quanto pense sobre isso, descubra de quem é a culpa, porque aconteceu, o que quer dizer... Dói tanto, me olhar no espelho, olhar dentro de mim nos olhos. Você não sabe nada sobre dor.Só há dois tipos de pessoa na minha vida, os que me machucam e os que eu machuquei. Não é que eu goste disso, não é que tenha que ser, apenas acontece... Minha vida é baseada na dor que agüento, e o arrependimento da dor que eu causo. Então sim, dói que nem o inferno! Mas não há nada que nenhum de nós possa fazer, além de engolir.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Recorrente

Mais uma briga banal,
me xinga da boca pra fora.
Longe de ser o ideal,
vira o rosto e vai embora.

Amanhã esquece e volta,
sorri e a conversa demora.
Depois outra vez a raiva,
a boca briga, a mente chora.

Pede perdão, fazer pazes talvez,
mas pode acabar qualquer hora...
A paciência se foi, e o amor
não é como era outrora.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ode to the blonde cow

She comes swinging her big butt,
comes along with another cow.
Blonde silvery fur,
just another cow.

She makes noises, and moves her mouth.
She likes things you can do without.
She swings her big butt, no brain inside,
eating grass and proving: just another cow.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Passageiro

Que não pudesse guardá-lo e mantê-lo
Ainda assim o usaria esta noite.
Se até mesmo o tempo é passageiro,
Pouco me importa o quanto dure.

Se o amor eterno dura menos que um capricho,
Seja eu caprichosa, maliciosa e despreocupada.

Se o amor é uma perigosa doença mental,
Nos deixemos levar por loucuras mais interessantes.

Sem metais frios em nossos dedos,
Sem promessas de um futuro são,
Sem preocupações para a manhã,
Sem julgamento e sem perdão.

Que nada pode ser eterno sabemos bem,
Nem precisamos de permissão de ninguém.

Que nem tudo foi sincero sabemos bem,
Mas se foi bom para ambos que mal tem?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Me deixe ir

Há motivos para ficar
e motivos para partir.
Não precisa concordar,
apenas me deixe ir.

A dor já me abateu,
o remédio já me curou.
Ganhei e perdi memórias,
nada disso me bastou.

Se eu quero não importa,
tampouco o que você quer.
Apenas saia da frente da porta
e quando eu seguir meus pés
não chame meu nome de volta.