quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sob o Mar (4)

-Aqui, Hella... Hella!
Ela não sabia de quem era aquela voz, acordou com ela e nadou a seguindo para fora da rocha, se fosse até a superfície poderia ter algo pra guiá-la, mas era perigoso. Permaneceu nas profundezas com aquela voz, a luz azulada do colar a guiando e confortando. Quem estava chamando? Mais fundo, a pressão da água a fazia encolher, mas continuou, até ver algo à sua frente.
-Hella...
-Que...? – murmurou apertando a vista.
Luz, pontos, depois faixas, mexiam, dançavam... Nadou mais depressa, eram algas? Plantas? Coral? Era tudo, brilhantes e reluzentes, em cores vivas dançando conforme a água movia saída de pequenas frestas nas rochas do fundo do mar. Tudo brilhava e iluminava ali, o cenário alegre e iluminado que nunca conheceu fora de Helmi. Não pode conter o sorriso que brotava em seu rosto.
-Ora, ora... Visitas! – uma estrela do mar murmurou se arrastando sobre uma pedra, brilhava num tom de laranja. – Quem temos aqui?
-Aonde eu estou? – Hella perguntou olhando ao redor encantada.
-Mal educada, quando visita alguém se apresente primeiro! – uma esponja bradou balançando com a água.
-Desculpe-me, sou Hella. Eu estou...perdida. Pode me dizer que lugar é esse?
-Não se assuste menina, ela é nervosa assim mesmo, não gosta de visitas. – a estrela murmurou se aproximando, indicando a esponja com uma de suas pontas. – Hella, você disse? Que nome bonito... E que colar bonito você tem também...
-Era de minha mãe.
-Não, não era! – a esponja gritou.
-Ignore, ignore... – a estrela repetiu – Você está em Ziya*! A luz do oceano... E essa bela jóia em seu colar, veio daqui. Sim, sim.
-Essa jóia? – Hella segurou o colar. – Eu ouvi alguém me chamar até aqui...
-Uma voz baixa?
-Sim.
-Suave? Acolhedora? – a estrela insistiu.
-Como sabe?
-É a voz de Ori**! Todos ouvimos por aqui... – a estrela do mar comunicou – É a voz de sua luz!
-Luz? – Hella torceu o nariz. – Eu não tenho luz é esse colar...
-O colar tem luz, você tem luz... Todos temos luz, menina tola. – a esponja murmurou ranzinza.
-Quando as águas escorreram da superfície e inundaram tudo, a luz da superfície deixou de atingir os pontos mais distantes... Veio a escuridão... – a estrela recitou se fechando – Foi quando surgiu Ziya, trazendo a luz para as profundezas...
-Achei que Ziya era esse lugar...
-Foi chamado em nome Dela. – a estrela concordou se abrindo – Pois foi aqui que ela deitou-se e nunca mais acordou. Ela trouxe a luz e a presenteou a todos, para que pudessem guiar-se nas profundezas. Para que não houvesse medo...
-Medo?
-Sim, a escuridão trás a incerteza e a incerteza trás o medo... O medo deixa todos frios e maus... – a estrela murmurou. – Mas se você ouvir Ori, terá luz e ficará livre do medo e da escuridão.
-Tudo isso é muito bonito, mas como eu volto pra casa?
-Deixe Ori a guiar. – a estrela respondeu – Mas antes venha comigo... Vou mostrar como afastar o medo e a escuridão...
-Mas...
-Venha, venha...- a estrela pediu agitando suas pontas. – Só quem ouve Ori e encontra Ziya, pode espantar as sombras e trazer de volta a luz as profundezas... Antes que tudo se perca em medo.
Concordou com a cabeça sem querer, Hella lembrou de todos em Helmi, tão felizes dentro das paredes de coral e tão receosos no mar aberto... Medo e escuridão. Era isso que os mantinha presos nas paredes seguras? Era isso que os fazia tão sérios e nervosos? Ahti? Era estranho imaginar que um tritão podia estar com medo, medo de que? Mas já que estava ali, decidiu obedecer a estrela, afinal tudo lá era lindo e luminoso, era o lugar mais pacífico que já viu.

*Ziya, quer dizer brilho em árabe.** Minha luz, em hebreu.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sob o Mar (3)

-Achem... eu sinto o cheiro! – um dos tubarões falava enquanto se separavam nadando entre os rochedos.
Hella tentou ir mais fundo nas algas, se esgueirava como podia para longe apertando o calor para que a luz não saísse e denunciasse aonde estava. Uma vozinha insistente vinha por trás de seu ombro: Hella, Hella, aonde você se meteu agora? Sentiu pedras caírem quando um tubarão bateu com a cauda em um dos rochedos e acabou soltando uma exclamação de susto... Olhos brilharam na escuridão das profundezas.
-Vem cáááá!
Nadava o máximo que podia para longe e para o fundo, tentava se esconder de novo, tentava fugir. E aquela voz estranhamente familiar em seu ouvido: Hella, venha cá! Ao passar numa área mais estreita sentiu enguias lhe queimarem a cauda, mas continuou nadando, tateou no escuro um buraco numa rocha e se enfiou lá dentro, apertando a jóia, esperando que eles fossem embora, a dor insistente.
-Eu to com fome! – o tubarão reclamava, as vozes sumindo na distância.
Estava a salvo? Segura? Relaxou um pouco, fechou os olhos tentando se acalmar. Longe dali as crianças trocavam objetos em Helmi, longe dali seu professor agora dava aula para outra pessoa, dando piruetas para chamar a atenção das crianças. Ahti devia estar mandando alguém vigiar os muros, outro ir ajudar a cuidar das crianças... Estavam todos bem e fazendo o que deviam fazer, ela não tinha que fazer nada, podia ficar ali e dormir.
-Ficar só... só.... só ficar aqui... – murmurou se ajeitando, soltou a jóia e a luz azulada iluminou seu pequeno refúgio.

-Ahti. Você viu Hella? – o golfinho perguntou circulando o tritão.
-Ela estava lá fora com as crianças quando fui buscá-las. – ele respondeu endireitando o torso e deixou os olhos azuis vagarem juntos ao do golfinho – Não voltou ainda, professor?
-Não, ainda não a vi... Queria lhe dar os parabéns, achei que você sabia aonde ela estava, já que são amigos de infância.
-Não somos amigos há muito tempo, professor... – Ahti respondeu virando-se – Deve estar nadando ao redor da cidade...
-Não está preocupado? – o golfinho insistiu.
-Ela já não é uma criança, faz o que bem entender...
-Entendo. Pra esse lado não fica a saída? – o golfinho perguntou como quem não quer nada vendo o tritão mover-se.
-Como guarda tenho que cuidar de todos de Helmi.
-Você é um bom guarda, Ahti. – o golfinho murmurou o vendo sumir de vista. – E um bom amigo... Agora, aonde estão meus novos alunos?

sábado, 19 de junho de 2010

Sob o Mar (2)

2

-Esse brilha! – era apontado um pedaço de metal que se soltou.
-Olha, tem outro daqueles desenhos estranhos! – era apontada uma bandeira.
Hella achava engraçado os dias depois de tempestades, as crianças nadavam para todos os lados procurando coisas interessantes, depois as trocavam entre si ou davam de presente. Coisas sem sentido que ela nem imaginava para que serviam, mas era sua brincadeira favorita quando era criança, agora se sentia sem graça de participar, ainda que apontasse na direção de algo interessante que visse para os outros pegarem. Tinha que ser rápido, depois de algum tempo chegavam os tritões* e acabava a festa, mandavam todos de volta para Helmi, onde era seguro.
-Hella! Você devia dar o exemplo para as crianças! – um dia, um dia era a diferença entre ser mandada gentilmente de volta ou levar um berro, era a magia do aniversário.
-É só uma brincadeira, Ahti**! – ela respondeu cruzando os braços para o chefe da guarda.
-O oceano aberto é perigoso, você sabe disso! – ele gritou de volta levantando a lança – Você já é uma adulta, aja como uma ao invés de ficar pegando lixo que cai da superfície.
-Fácil pra você que nasceu velho! Já que sou adulta pare de tentar mandar em mim e vá fazer seu trabalho!
Deu as costas para o tritão nadando na direção oposta, o silêncio das profundezas a entendia, não a julgava nem tentava prender dentro dos corais. Sua mãe a levara para caçar tesouros quando era pequena, juntavam o que brilhava e faziam enfeites, mas agora sua mãe não estava mais ali e nunca mais teve vontade de fazê-los. Parou abruptamente ao notar que já não havia mais luz alguma além da de seu colar, tinha nadado longe demais, perdia a noção do tempo e do espaço quando estava brava.
-É tudo culpa do Ahti... – torceu o nariz olhando ao redor. – Frio...
-Você está perdida? – a voz veio de baixo dela, quando olhou era um pequeno peixe. – Parece perdida, sim, sim...
-Eu não sei de quem lado eu vim. – Hella confessou.
-Se você for um tubarão...
-Eu não sou um tubarão. – ela murmurou.
-Da esquerda...Se for qualquer outra coisa, da direita.
-Direita? Obrigada. – Hella agradeceu saindo nadando para a direita, não devia mesmo ter ido tão longe.
-Humn, minha esquerda, era um tubarão mesmo... – o peixinho murmurou a vendo sumir na escuridão.
Hella nadava entre os rochedos quando sentiu uma corrente de água a empurrar, havia pontas ali, formações rochosas. Aquele era o lado errado, xingou baixinho o cérebro de peixe que a mandara pra lá. Outra corrente de água, foi parar entre as rochas, se abaixou olhando ao redor, era tudo tão escuro, uma sombra passou por cima dela e prendeu a respiração por um momento. Outra sombra, sombras grandes, nadavam de um lado para o outro.
-Eu to com fomeeeeeeee! – uma das sombras reclamava.
-Fica quieto, ninguém mandou ser tão lento e deixar o cardume fugir. – outra respondeu.
-Não fui lento! Eu só não quis chegar mais perto das sombras da superfície! – desculpou-se.
-Fiquem quietos os dois, ou vamos ter que nadar mais alto ou mais longe, mas não podemos ficar sem comida...
Tubarões. Hella nunca estivera tão perto deles, tampou a jóia com as duas mãos para continuar na escuridão, não queria que a vissem. Já os vira caçando, perseguindo cardumes inteiros e abocanhando metade, os ouvindo conversar pareciam normais, mas sabia que se a vissem ali teria que correr por sua vida. Sentiu algo enroscar em sua nadadeira, quando olhou para baixo notou as algas, eram altas e volumosas, podia se esconder ali. Foi descendo devagar, com muito cuidado.
-Helmi tem peixes! Muitos peixes!
-Está louco? Aqueles tritões já me furaram inteiro! – o outro gritou.
Ahti. Hella lembrou que era tudo culpa dele, sempre pegando no pé dela, desde que eram crianças, a mandando fazer isso e aquilo, dando broncas. Os tubarões pararam de falar e ela se encolheu entre as algas, ouviu um deles murmurar: tem alguém aqui...


*Tritão, criatura marinha humanóide com cara de peixe, alguns possuem nadadeiras como as Mermaids, outros patas como as de girinos.
**Ahti, Deus finlandês dos oceanos, rios e da pesca.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sob o Mar (1)

Como prometido pra Lena, vou começar uma histórinha de fundo do mar com sereias. Que tamanho ela vai ficar não sei, mas os capitulos vão ser curtinhos... Postando o primeiro hoje.

1

A água era fria, tão fria quanto podia ser enquanto a tempestade vazia a superfície, chamava as ondas para revolver e os raios para partir o céu. Enquanto a madeira se partia ao meio tudo era envolvido pelo mar, tudo era abraçado pelo mar... E sob ele reinava a escuridão, pois os raios de luz não atravessavam muito mais que a superfície e se conseguisse manter os olhos abertos antes do sangue congelar, talvez você pudesse ver... Helmi*. A pérola mais profunda do oceano, com seus recifes coloridos iluminados pelos peixes neon que produziam a luz das profundezas.
-Hella! Hella! – o golfinho nadava velozmente pelo castelo de coral. – Hella**! É nossa última aula, não fuja!
-Quem está fugindo aqui, sabichão? – a moça perguntou rodopiando na água e deitando na abertura para o mar, os olhos negros como as profundezas e os cabelos azulados como o céu.
-Respeite o seu professor, Hella! – o golfinho pediu olhando na mesma direção – É só mais uma tempestade, logo vai passar...
-Sabe o que isso quer dizer? Amanhã tem caça ao tesouro! – ela comentou animada abraçando o golfinho depois dando para longe, a cauda de sereia*** ondulando refletindo um tom azulado.
-Hella, não saia do castelo no meio da tempestade!
-Não faça isso, não faça aquilo, cuidado com os tubarões... Quem é o fujão medroso aqui? – ela perguntou apontando na direção do professor.
-Prudência é diferente de Medo, assim como Sabedoria é diferente de Covardia. – o golfinho respondeu fechando o caminho da jovem. – Comporte-se, você já é uma adulta.
-E se eu não quiser ser uma adulta?
-Tarde demais para pensar nisso, Hella. O aniversário será amanhã e não a quero fazendo uma bagunça por todo o Castelo de Coral, apenas me acompanhe.
Nadaram lado a lado pelos corredores e cavernas dos corais, até irem até a parte mais profunda e escondida, uma pequena sala de estudos que guardava um baú perolado. O golfinho bateu com uma das nadadeiras nele e o indicou com os olhos para que a sereia o abrisse, lá dentro um colar de pérolas com um cristal azul no centro que brilhava na escuridão do fundo do mar.
-É muito bonito...
-Sua mãe era a melhor amiga da Rainha, acredite se quiser, foi um presente de casamento que ela ganhou do próprio Rei e agora ele é seu. – o golfinho anunciou em tom solene.
-E o que eu ia fazer com uma coisa dessas? – Hella perguntou cruzando os braços, fora sua blusa azul e uma pequena estrela do mar negra nos cabelos não usava coisa alguma para enfeitar-se.
-Você nunca prestou atenção em nada do que lhe falei não é mesmo? – ele perguntou em tom irritado – É sua herença, Hella. Sua mãe queria que o usasse e não é apenas uma jóia. Mas você no fundo sabe disso não sabe? Não tenho mais nada a ensinar, agora terá que nadar por si.
O golfinho se afastou e apesar do tom profissional ela sentia uma pontada de carinho e amor paterno que ele deixava para trás, conforme nadava para longe a deixando a sós com o brilho da jóia no baú. Encarou o cristal por horas, sabendo que aquilo não traria sua mãe de volta nem poderia apagar as manchas escuras em suas memórias, mas quando o tocou com a ponta dos dedos, sentiu o amor da mãe tocar seu coração. Era tarde demais para não crescer, era tarde demais para viver no passado.
-Obrigado... – murmurou enquanto colocava o colar, apertou a jóia depois girou na água perguntando para o infinito – Estou bonita, mãe?


*Helmi, quer dizer pérola. No caso é o nome do lugar onde fica o castelo de coral.
*Hella, quer dizer abençoada.
***Nessa história as sereias são as Mermaids (mulheres meio peixe) não as Sirenias (sereias gregas) que eram na verdade mulheres pássaro que viviam nos rochedos e atraiam marinheiros com seu canto.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Anyone will do

When all hope is gone,
and the best lost in time.
This will be the song,
to tell all past goodbye.

Cause if it's over for you,
then it's over for me too.
And If I can't have you,
anyone will do...Just do.

Anyone will do tonight,
tomorrow or sunday night.
If it's not you, anyone will do,
all are just another thing to do.

Another bed, another perfume,
another wine and another name.
If its over for you, it's for me too,
and anyone else will do,
cause no one is like you...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Saudades

Se o tempo parasse, aonde estaria?
Deitada noutra cama ou sentada sozinha?
Se o relógio voltasse, seria que dia?
O que em sai da sua ou você entrou na minha?

E se o espaço se abrisse, cairia?
Em outra realidade ou na mesma vida?
E se o quarto encolhesse, sairia?
Indesejada, irrelevante ou querida?

Não sabendo de nada, quem diria.
Não tenho respostas ao fim do dia.
Apenas a certeza que o passado vinha,
apunhalar saudades suas nas minhas...

sábado, 12 de junho de 2010

Começar a viver

Histórinha que inventei pra lil hoje no msn...^^

Sem formatação, to só colando do msn

---x----

numa vizinhança afastada do centro da cidade... viviam criminosos, delinquentes e isolados pessoas que a maioria prefere manter à distancia... um dia, pintaram em uma das portas da vizinhança o rosto de uma mulher o dono da casa que tinha acabado de sair da prisão achou que tinha sido um dos garotos...e foi tirar satisfações... houve briga e discussão, até que o homem voltou para casa...e no dia seguinte o acharam morto... uma semana depois em outra porta...pintaram o mesmo rosto... na casa viviam garotas de programa, mas elas ao contrário do homem ignoraram a pintura... no dia seguinte, mais uma vez...encontraram pessoas mortas mas uma das mulheres sobreviveu e deixou a vizinhança... e assim a cada semana uma porta era pintada...e os moradores apareciam mortos sem sinal de violencia, marcas ou qq coisa...apenas morriam... um dia...um garoto intrigado, foi procurar a antiga garota de programa para perguntar o que aconteceu naquele dia...já q era a unica sobrevivente
depois de rodar a cidade inteira...ele encontrou-a... ela tinha voltado a estudar e trabalhava em um bar a noite... quase não a reconheceu porque agora ela parecia muito com as pessoas normais e não os párias que moravam naquela vizinhança ele esperou para poder falar com ela sozinha e perguntou: o q aconteceu naquele dia? por que as pessoas nas casas com o rosto da mulher morreram?
ela falou que aquela noite uma pessoa apareceu, coberta dos pés a cabeça, então ela não sabia quem ou o que era...mas q explicou pq estava fazendo o q fazia...
o assassino falou q o rosto pintado nas portas...era o rosto da mãe dele e tb falou o seguinte "Do momento em que você chegou no mundo até o momento em que partir dele, pelo menos uma mulher irá te amar incondicionalmente... Se você não merecer, ou nunca conhecer tal amor, você não tem o que fazer aqui..." o garoto voltou pra vizinhança... e a porta da casa dele estava pintada... ele ficou esperando na sala até o assassino aparecer...
e ouviu a mesma coisa que a mulher lhe contou
"Do momento em que você chegou no mundo até o momento em que partir dele, pelo menos uma mulher irá te amar incondicionalmente... Se você não merecer, ou nunca conhecer tal amor, você não tem o que fazer aqui..."
ele concordou com a cabeça frente ao assassino
"eu sei que posso não merecer, por tudo que sou e já fiz, e não consigo me lembrar de um dia ter amado alguém da forma como mereciam...Mas eu sei que se eu morrer hoje, vou me arrepender de não ter vivido como devia, porque eu quero o amor, a dor e todos os desafios da vida para ser uma pessoa melhor..." e o assassino perguntou: "Você vai ser uma pessoa melhor?" e a resposta foi: "Nenhum de nós vai saber, a menos que você me deixe viver e tentar..."
o assassino foi embora... e no dia seguinte o garoto voltou ao bar para falar com a mulher que sobreviveu... ele agradeceu, porque sem ela ele teria morrido...e pior...nunca teria percebido q nunca viveu...

e ela respondeu: quer começar a viver hoje comigo?

terça-feira, 8 de junho de 2010

Velhos conhecidos

Nada de poemas hoje! Encontrei no ônibus, ou melhor, fui encontrada por um velho conhecido, o que me levou a pensar em todas às vezes em que você encontra, ou é encontrado por, alguém na rua, ou seja lá aonde estiver. Quantas vezes nesses encontros não se fala do passado?
Memórias, pessoas, lugares, como se ainda significassem aquelas mesmas coisas. Mas o que elas significam hoje? A lembrança está lá, você sabe como é, mas não é mais nada daquilo há tempo demais. O que me faz pensar que o passado realmente é um tipo de museu, exposição da memória, ou porão obscuro, sempre possível de ser visitado e com todos seus detalhes intocados, mas separado de sua vida e seu presente.
Quantas pessoas foram deslocando-se, perdendo seus lugares e ganhando outros ao fundo? Quantos acontecimentos já não tem importância ou sentido? Quantos sentimentos se aquietam e dispersam? Velhos conhecidos, familiares, mas distantes...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Breaking point

Would you take the easy way?
The path of least resistence?
I am sorry and hate to say,
but that's not gonna happen today.

Getting near the breaking point,
on a psicotic break countdown.
Getting near the last drop,
someone will be sorry somehow.

Cause I had enough, more then that.
And I am sick, and I am tired...
Coming closer heart my heart,
screaming to break apart and fire.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

All right

You're not here tonight
and I can't help to think
are you alright? Really alright?

Your scent is so long gone,
and I can't help to think
this is no longer my home.

The light inside your eyes
fade to black beneath the skies.
Are you alright? Really alright?

I can't help myself anymore
wishing you here, wondering...
Could it be just like before?

You wouldn't answer me tonight,
won't be here beside me, not really...
And as I fade to black inside
give me goodnight and I'll be alright.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quando crescer

Quando crescer saberei melhor,
tanta bobagem que não faz sentido.
Sobre um joelho e garganta em nó,
vou te pedir: casa comigo?

E ai fugimos do nosso próprio casamento,
só porque assim é mais divertido.
Amar sem regras e sem instruções,
só com o que nos deixa sorrindo.

E vou te deixar, depois de uma briga,
pra você vir me puxar de volta pra cama.
Se eu pedir desculpas por tudo, eu sei,
que você vai entender quando crescer.
Mas agora vai chorar, eu te consolo,
e o depois vem que vem...