segunda-feira, 20 de abril de 2009

Num vidro


Como um inseto no vidro
Brigando com a própria imagem.
Se sentido pouco a vontade,
No espaço tão restrito.


Se debatendo bravamente,
Tão descontroladamente.
Não sabe que é em vão?
Se esmagar com sua mão.


Como um inseto no vidro,
Ferindo a si próprio então.
Sem aviso de antemão,
Que seu tempo é restrito.


Pois o ar se perde, ruidos calam,
E as forças se esmigalham.
Nas pancadas furiosas no teto,
Na parede e no próprio inseto.

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