quinta-feira, 9 de abril de 2009

Drifting

À deriva num mar de memórias,
Sem sinal de uma praia qualquer.
Tudo que resta são velhas histórias,
De tempos que ou se tem ou se quer.

Seus tempos, montanhas altas.
Suas memórias, vales profundos.
Coisas básicas, o que me falta.
Trilhas perdidas de um velho lobo.

Embarcação sem vela ou rumo,
Vagando pela noite eterna.
Sorriso breve, olhar soturno,
Suspiros escorados na janela.

Tudo que resta, caminhos invisiveis,
Que se embrenham entre outras rotas,
Outras naus, outros indizíveis.
Juntando rotas, que se afastam tortas.

Poderia cruzar, vidas, memórias,
Poderia compartilhar os sentidos.
Mas ainda assim se acaba,
À deriva, vagando sozinho.

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