terça-feira, 8 de junho de 2010

Velhos conhecidos

Nada de poemas hoje! Encontrei no ônibus, ou melhor, fui encontrada por um velho conhecido, o que me levou a pensar em todas às vezes em que você encontra, ou é encontrado por, alguém na rua, ou seja lá aonde estiver. Quantas vezes nesses encontros não se fala do passado?
Memórias, pessoas, lugares, como se ainda significassem aquelas mesmas coisas. Mas o que elas significam hoje? A lembrança está lá, você sabe como é, mas não é mais nada daquilo há tempo demais. O que me faz pensar que o passado realmente é um tipo de museu, exposição da memória, ou porão obscuro, sempre possível de ser visitado e com todos seus detalhes intocados, mas separado de sua vida e seu presente.
Quantas pessoas foram deslocando-se, perdendo seus lugares e ganhando outros ao fundo? Quantos acontecimentos já não tem importância ou sentido? Quantos sentimentos se aquietam e dispersam? Velhos conhecidos, familiares, mas distantes...

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