sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sob o Mar (5)

Mesmo que pudesse lembrar de tudo nitidamente, Hella sabia que jamais poderia definir o que a estrela do mar lhe mostrara. O enorme cristal azulado que ressoava e reluzia no fundo do oceano e a face feminina que lhe sorria lá de dentro, Ziya transmitia paz, conforto... Segurança. Nunca se sentira tão bem antes na vida. E de alguma forma, entendeu a mensagem, podia ouvir aquela mesma voz ao seu ouvido:
-A luz em si e ao seu redor, nenhum mal ou escuridão a envolverão...
Despediu-se sorridente, de alguma forma toda aquela conversa chata do golfinho sobre como Helmi surgiu, para se unirem e protegerem fazia sentido. Sem luz as pessoas tinham medo e sofriam, por isso se reuniram com a pouca luz que restava. Enquanto nadava seus olhos vagavam e aqui e ali nas profundezas pequenos pontos de luz a guiavam.
-Ori... – ela sorriu nadando mais rápido.
Então uma faixa cortou as águas à sua frente, ainda estava longe mas reconheceu o feixe de luz dourada. As lanças dos tritões faziam aquilo, mas ainda estava longe de Helmi... Ainda era oceano aberto. Uma sensação desagradável formigou em sua nuca conforme via as rochas ao redor e lembrou-se dos tubarões. Outros clarões, um tritão lutava...
-Ahti! – exclamou pasma lembrando do chefe da guarda, seu amigo de infância rabugento – Ahhh idiota, idiota...
Nadou tão rápido quanto pode para assistir Ahti afastando dois tubarões com sua lança, sozinho não era a mesma coisa que espantá-los em Helmi, sozinho ganhara um ferimento profundo no braço e o sangue se espalhando só parecia fazer os tubarões atacarem mais ainda. Hella hesitou por um momento agarrando a jóia em seu pescoço, a luz irradiava e aquecia seu rosto.
-Ahti! – chamou e o tritão se virou na direção dela.
-HELLA SAI DAQUI! – ele mandou agitando a lança conforme um tubarão ia na direção da sereia.
-Parem já com isso! – ela mandou girando na água, foi parar entre o tritão e os tubarões, abrindo os braços. – Chega!
-Hella! – Ahti gritou.
-Está tudo bem... – ela murmurou ao mesmo tempo em que ouvia a voz em seus ouvidos, Ori... Quente e suave. – Está tudo bem...

Um comentário:

Unknown disse...

ai SENHOR E AGORA?
to com medo..AHUAH escreve logo AHUAH

eu viajei no find ainda bem q vc nao escreveu AHAUAH

saudades jaa =)

beijããoo*: