sábado, 29 de março de 2008

Não deviam, deviam, não deviam...

Ok, atirem a primeira pedra, mas atirem rápido... Qual a diferença entre assistir novelas e séries? Bem, faz um bom tempo desde que eu assisti minha última novela, ao contrário de séries que eu assisto até hoje. Mas há sempre aqueles momentos que você sabe exatamente o que vai acontecer e ainda assim você assiste.

Acho que eu não devia condenar as novelas dizendo que são todas iguais a partir de hoje, enquanto eu assistia "the L word" pude sorrir com minha famigerada habilidade de pensar EU JÁ SABIA! O que eu já sabia? Que a Tina ia perder o bebê, esse tipo de tragédia é tipica de novelas ou o que seja, as pessoas tem que sofrer antes de serem felizes, ou mostrarem que são felizes depois sofrer assim a inveja do publico é substituída por compaixão.

É o mesmo que os dez minutos finais de um filme de ação onde você tem certeza que o correto, bonito e moral cara sorridente que quer salvar o mundo vai derrotar o vilão que é muito mais inteligente, ainda assim você assiste a surra do ano enquanto o vilão tem o trunfo nas mãos apenas para segundos depois ver um herói surrado virar o jogo. E então você tem aquela falsa impressão de que há justiça no mundo e as pessoas boas por mais que sejam surradas vão dar a volta por cima.

As coisas deviam ser assim? Talvez isso deixasse o mundo melhor é verdade, mas é dificil que isso se torne real quando a justiça é escrita com tinta que muita gente nem tem dinheiro pra pagar, a menos que deixe de tomar café da manhã. Muitas coisas DEVIAM ser diferentes, talvez assim o mundo fosse um lugar mais bonito, coelhinhos pulariam pelo jardim e nenhuma dona de casa irada ficaria nervosa por eles terem comido suas rosas, um arco iris ia brilhar no pano de fundo e criancinhas iriam cantar e não puxar os cabelos umas das outras deixando a professora maluca.

Mas claro que se as coisas fossem assim, como no filme Matrix nós começariamos a tentar acordar, afinal isso é bom demais para ser verdade. Só podemos ter um pedacinho do paraíso depois que morrermos e levarmos umas chicotadas por termos roubado o carrinho de controle remoto do nosso irmão e chamado nosso professor de careca idiota enquanto tudo que ele queria era nos ensinar que a soma dos quadrados dos catetos é igual a PO#$# da hipotenusa. Não é nossa culpa, realmente não é, há mais de dois mil anos tem gente nos dizendo que nós nascemos muito malvados e se quisermos ser felizes temos que pagar por todas nossas imperfeições.

As pessoas não deviam ter que pensar assim, mas é assim que acontece. As pessoas não deviam ter que pedir licença para serem felizes, pagarem para isso ou então se punir por ser quem são. Não estou falando em libertar sociopatas, afinal eles só estão sendo eles mesmos, não é nada disso. É só que... As pessoas deviam ser livres, mas isso é muito complicado num lugar tão cheio onde a sua liberdade esbarra na dos outros e logo você não pode fazer o que quer, por que outra pessoa não é obrigada a ter que presenciar ou aguentar seus desejos.

Tudo devia ser diferente e ao mesmo tempo não devia, eu sei que esse texto está pra lá de contraditório e eu fugi completamente do assunto da novela e séries. O que por si só é uma fuga do assunto que eu pretendia abordar quando abri o blog. Mas as pessoas não deviam estar presas a sua primeira idéia, a um primeiro olhar, ou a qualquer coisa que venha em primeiro lugar...

Sério! É simples.

Quantas pessoas se casam com o primeiro namorado e assistem o casamento dar certo? Não ser perfeito, mas apenas bom para os dois lados.

Quantas vezes a primeira vez que você faz algo é a melhor?

Eu sei, tem aquele velho papo de que todas as garotinhas vão se lembrar do primeiro beijo, por que ele é diferente e especial. Caí fora com esse papo, meu primeiro beijo foi horrivel e eu admito e só lembro dele por que ele nem de perto foi especial! E quando eu estiver deitada olhando pro teto daqui há sei lá quantos anos eu não vou lembrar da primeira vez que eu fiz qualquer coisa e sim das melhores coisas que eu fiz, é dificil ser melhor logo na primeira.

Se você estiver curioso sobre séries: Não, eu não acho que novelas e séries sejam completamente iguais, eu ainda prefiro séries, mas não vou condenar as novelas por ver que as séries também são previsiveis e amontoadas de clichês. Com a exceção talvez de House que eu praticamente me acorrento na frente de novos episódios e posso jurar de pé junto que o Gregory House é um personagem extramemente... humnn... Sexy não é bem a palavra, mas ele é ótimo de qualquer jeito. Um cretino, tarado, coisa e tal, mas eu amo aquele personagem e o sarcasmo dele. Pessoas não deviam ter queda por vilões, mas eu tenho, especialmente se eles são inteligentes enquanto os heróis são uns mongóis.

O bem triunfa sobre o mal mais uma vez, o herói age como o tipico pai de familia, cara romântico e todo esse bla bla bla. E eu tenho vontade de arremessar algo na tela por que não é assim que as coisas são e o vilão que tinha tantas outras qualidades muito melhores perde pra um retardado mental só por que o script mandou. Por outro lado está ensinando as crianças algum tipo de lição, como, seja bonzinho se não o Nicolas Cage aparece e depois que você bater nele ele vai acabar com você!

Eu sei que estou enrolando, dando voltas e sem chegar a lugar nenhum, mas dois dias sem escrever afetam uma compulsiva por digitar, some isso ao fato de que acabei de ler o segundo livro que fala que mulheres dão ziguezagues enquanto homens vão de A a B, e aqui estou eu digitando sem sentido nenhum com dois propósitos. Primeiro gastar minha vontade de escrever sem objetivo algum, nem pensando em falar algo bom, segundo testando se os homens realmente se perdem se você dá muitas voltas. Seria mais facil eu ir falar com meu pai e falar e falar sem chegar a lugar nenhum, mas eu não sou do tipo menininha e contradigo tudo que é esteriotipado pra mulheres, ou seja, eu falo pouco geralmente.

Ta bom, eu paro!

Só pra fechar o almanaque das possiveis curiosidades quando eu abri essa página eu ia escrever um texto sobre como as pessoas não deviam ter que esconder quem elas são para serem aceitas pela sociedade a menos que fossem criminosas, e como a chamada "moral" e os temidos "bons costumes" fazem tanta gente que merecia ser feliz se esconder e viver uma mentira miserável. Ia escrever isso depois de assistir um dos episódios de The L Word. E aqui se acaba esse texto antes que meus dedos tomem conta de mim e continuem a digitar...

Oks, eles já fizeram isso.

Au revoir
Tchus
Sayonara
Goodbye
Tchau!

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