sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Three Wishes

1.
Como ela ficara tão atrasada? O último trabalho do último ano apertado contra seu peito na capa vermelha dura, pessoas desviando de sua corrida desvairada pela calçada, o trânsito era muito lento e ela tinha pouco tempo. Algo bateu nela, algo numa velocidade tão grande quanto a de seus pés na bota sem salto, algo grande e rigido, como a capa dura de seu trabalho, algo que não caiu como ela.
-Olha por onde anda! – os dois gritaram ao mesmo tempo, só então ela viu o trabalho dobrado ao meio, completamente inutilizado. – AAAAAAAAAAAAAAAAH!
Era isso então? Perder todo um ano de trabalho por causa de um acidente de transito? Seus olhos castanhos escondidos atrás dos caixos negros demonstravam terror, ao mesmo tempo que brotavam lágrimas. Ele não sabia se tampava os ouvidos ou se saía correndo, analisava a situação com a frieza de olhos escuros como as sombras e cabelos pálidos como a neve, se abaixou e colocou a mão sobre a boca dela para que parece de gritar e resmungar.
-Isso não ajuda e é irritante, sabia? – ele falou, tinha um tom arrogante e impertinente.
-Nhaaa... – ela mordeu a mão dele que caiu sentado pra trás no susto – OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – e acertou o ar entre eles com o trabalho amassado – Agora eu to ferrada....
-Você que trombou em mim. – ele falou virando o rosto como quem analisa a situação, na verdade estava olhando como ela ficava bonita com aquele rosto choroso e desolado.
-Esquece! – ela gritou levantando num pulo e saindo pisando forte na direção contrária.
-Esquecer? – a voz dele estava no ouvido dela, a puxou pelos cotovelos de encontro a si, tinha um sorriso arrogante no rosto – E eu estava pensando em tentar me redimir. Mas já que você quer que eu esqueça... – soltou os braços dela.
-Se redimir? Ta brincando! Você...
-Três desejos... – ele falou a encarando quando ela se virou irritada, sorria para ela como se fosse dono do mundo ou se achasse algum tipo de genio, ela não podia estar mais irritada.
-Claro, e meu nome é Aladim. – ela falou se virando enquanto andava.
-Então, mestre Aladim. – ele falou a seguindo com as mãos no bolso da calça social – Eu posso saber qual seu desejo, que é também uma ordem, para acabarmos logo com isso?
-Para de brincadeira! Você acabou de arruinar meu dia! – ela gritou.
-Estou falando sério. – ele falou levantando o rosto dela com a ponta do dedo – O que você quiser, peça...
-Então conserta isso e faz eu conseguir apresentar a tempo, genio... – ele falou fechando a cara, preferia ela chorando.
-Só isso? – ele perguntou tomando o trabalho da mão dela. – Vem... – e a saiu arrastando pelo pulso.
Foram poucas perguntas, se ela tinha o arquivo em algum lugar e quando era a apresentação, ela não entendeu bem como, mas estava com um trabalho novo na mão que ele pagou e sentada num conversivel enquanto ele dirigia acima do limite de velocidade até seu colégio, não chegou no horário marcado, mas ele sussurrou alguma mentira nos ouvidos dos supervisores. Antes dela conseguir entrar na escola foi pega pelos cotovelos mais uma vez, sentiu o sorriso dele na sua nuca.
-Faltam dois. Até mais tarde, mestre Aladim... – aquilo foi um sopro? Ou era a respiração dele lhe causando arrepios?
O sorriso arrogante queimava seu corpo de raiva, mas tudo acabara dando certo, quando ele soltou seus braços saiu correndo de novo, dessa vez sem trombar em ninguém. Não perguntou o nome dele, mas aquele rosto de gente importante, as roupas de granfino e aquele sorriso de olhos escuros a atormentaram o resto do dia. No caminho pra casa ouvia os passos dele a arrastando, ainda tinha a marca no pulso para provar que não fora alucinação sua. Quando chegou em casa, a casa vazia aonde morava com companhia apenas de móveis e retratos, ficou sentada na janela sentindo a brisa da tarde acalmar seus nervos.
-Já alcançou sua cota de gritos?
-Ahn?
O que ele estava fazendo ali? Parado na frente da sua janela, com aquele sorriso irritante como quem zomba dela e ridiculariza, mas não estava nervosa dessa vez, tinha tudo dado certo. O ano acabava e aquilo a deprimia, não gostava do fim das coisas, mas por algum motivo ele fazia a depressão ir embora e dava lugar a completa irritação e desprezo por uma criatura tão prepotente pisar na terra. Então por que não gritava enraivecida?
-O que foi, mestre Aladim? – ele perguntou encostando a testa na dela depois de puxa-la pelos braços. – Febre?
-Para de me chamar assim, não é meu nome! – ela falou o empurrando.
-Quer que eu a chame como? – ele perguntou de maneira casual.
-Claudia... – ela respondeu e logo completou – Mestra Claudia, pra você...
-Está bem, mestra Claudia. O que este servo pode fazer por você? – ele se debruçou na janela, sorria como uma criança, os olhos brilhavam de maneira inocente, mas por algum motivo ela enxergava um demônio esperando a chance de atacar!
-Primeiro me diga seu nome...
-Qual você quer que ele seja? – a volta do sorriso zombeteiro, arrogante e irritante!
-O de verdade!
-Isso não é muito especifico. Pode me chamar de Will. – ele falou pulando a janela para dentro da casa, olhava ao redor por cima do nariz. – Que lugar mais deprimente...
-Não fale assim da casa dos outros! – ela gritou se levantando num pulo – E invasão é crime sabia?
-Não estou invadindo, essa casa também é minha agora, apesar de não me orgulhar de um lugar tão minusculo, apertado e vazio. – ele parecia uma metralhadora de criticas.
-Su-sua...? – ela já estava a beira da gaguice de raiva.
-Claro, eu vou ficar por perto até acabarem os seus desejos. – ele respondeu de maneira natural sentando no sofá. – Alguma idéia de qual é o segundo já?
-E por que você tem que ficar aqui pra isso?!
-Se preferir você pode mudar pra minha casa, que é bem melhor que esse projeto de abrigo para mendigos. E eu tenho que ficar por perto, para quando você quiser algo eu poder atender e assim acabarem logo seus desejos. – ele explicou e em seguida... – Até um macaco entenderia isso mais rápido.
Macaco? Como aquilo tinha acontecido? Como aquele cara tinha ido parar na sua casa daquele jeito? Como tinha acabado na presença de algo que a irritava tanto e ao mesmo tempo não conseguia parti-lo ao meio?! Rendição, sentia que qualquer ação ou reação sua piorava as coisas, então a bandeira branca foi hasteada. Se recusava a lutar contra o rei da impertinência, mas teria que suportá-lo.

Um comentário:

Ceci disse...

Ce ci* diz (23:24):
eu quero um cara desse aki em casa[2]

quero?sim.Pq ele vai realizar meus desejos e msm q seja um chato..ou eu dou um jeitin nele ou eu deixo entrar por um ouvido e sair por outro^^

mas entao...ja to ansiosa pra saber como q vai ser a convivencia dessa guria com ele...risadas?misterios?suspense?descobertas fantasticas?
nao sei...so sei q ja começou com cara de quero mais e "ai tem coisa" hahahahah

aii...sei pq nao,mas eu meidentifikei com ela em alguns momentos..*ta obvio o pq ne?xD*

mtoo bom mo!
proximoooo
=D

bjao