quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Compreensão

Você ainda pode se lembrar?
Dos discursos intermináveis,
Meus e seus, tentando explicar
O nosso próprio jeito de pensar.


Páginas inteiras, tinta seca,
Tentando expressar ao eco
Do outro lado do espelho.
Nada chegava concreto.


Inexplicavel, então a oratória
Se torna vã e dispensável.
Criam-se recursos, idéia provisória,
Se expressar o inexpressável.


Pequenas frases de brincadeira,
Citações sérias ou casuais.
E então na simplicidades,
Entendem-se os des/iguais.


As frases vão se encurtando,
Pequenas palavras as puxam.
Logo se sabe o resto, através
Da evocação de um verbo, senão...


Senão com frases nos calamos,
E dos discursos a elas, delas a palavra.
Da palavra decompõe-se os sons,
Torna-se silêncio cobrindo a sala.


E então no silêncio, sem nada pra expressar,
Encontra-se a ferramenta final da compressão
O reflexo... Seu reflexo... Meu olhar.

2 comentários:

Ceci disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ceci disse...

Pouco a dizer...mto menos do que da pra se sentir...(bastante aliás)
Não sei pq,mas em certos versos senti como c vc tivesse descrevendo situações familiares pra mim...sei la,pode não ter nada a ver mas a impressao q deu foi essa e to certa disso...=]