sábado, 27 de dezembro de 2008

Neverending Final

Se o tempo passasse não haveria espera,
se o tempo parasse não haveria nada,
se o tempo ouvisse acabaria essa fera
que devora os momentos, insaciada.

Nada começa e nada acaba,
na terra do Nunca.
Bem aqui.
Não há mais volta nem ida,
na terra do Nunca.
Bem ali.

Cartas lidas, músicas ouvidas,
canções mudas, palavras partidas.
Atos sentidos, trocos contados,
gritos, gemidos, presente passado.

O desgosto do que se vai,
o gosto que se mantém.
O eco que assim se esvai,
a mensagem que prendem.

Nada começa e nada acaba,
aqui na terra do Nunca.
Mas como eu odeio o final,
que se entrelaça e inunda,
tudo que passou...

Me deixa começar de novo,
se não agora, então Nunca.
Tudo começa, tudo acaba,
ou então a nau afunda.

Um comentário:

Ceci disse...

Digamos que essa terra empacou!No bom sentido da coisa...tipo,nada é tdo e tdo é nada...akelas coisa d enfiar a cabeça num buraco,q nem avestruz me veio á mente no exato momento q li o poema...sei la,deu uma sensação d desespero tbm,acho q por causa dos gritos e gemidos e tda o clima criado por vc...confusão tbm,incertezas...digamos q é uma terrinha complicada viu?xD

Gostei das rimas,do contexto e da forma que vc dispos as palavras^^

bjãoo