domingo, 19 de outubro de 2008

Prisão de Vidro


Numa prisão de vidro,
está uma dama de branco.
Seu coração se ilumina,
com seu prateado pranto.
"Meu guardião, meu protetor,
venha ao jardim me ver.
Venha me abraçar, vem...
Meu amor, meu senhor..."
Numa prisão de vidro,
ela chama relutante.
Pela proteção de seu senhor,
pelo calor de seu amante.

"Quem vem lá?
Quem me tocas?"

"Silencia, minha dama.
Acalma-te e sufocas."

Ela cala partida como vidro,
sob as lágrimas do amor,
e sob a fúria do marido.
Na redoma de vidro,
havia uma dama de branco.




2 comentários:

Unknown disse...

Muito bom, sinceramente não sei como tu faz isso, mas espero que tu nunca fique sem inspiração...

Ceci disse...

Concordo Mo...vc consegue dar uma graça e delicadeza incríveis em seus poemas *-*