sábado, 25 de outubro de 2008

Treze é azar...

XIII
Quando eles voltaram para o salão já era tarde, pouquissimas pessoas estavam por lá, mas Keith permanecia com uma expressão preocupada e ele não pode deixar de notar o modo cansado com o qual ela se movia ou então como certas posições pareciam desconfortáveis como se sentisse dor, loiro intrometido, Lochan só ia se despedir e agora provavelmente teria que perder tempo ao ver o estudante se aproximar. May abraçava um de seus braços de maneira carinhosa quando o outro se aproximou, ela deu um sorriso menos que educado e meneou a cabeça.
-Senhor podemos conversar a sós? – Keith pediu diretamente.
-Não há necessidade, pode falar aqui mesmo. – o outro respondeu ligeiramente entediado e sonolento, apesar de não parecer nem minimamente cansado.
-Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas recuso-me a aceitar que uma dama pague por uma indisposição que eu possa ter causado... – Lochan começou a dar risada notando a intenção cavalheiresca do século treze do dito cujo Lancelote. – Não vejo graça senhor.
-Não há nenhuma indisposição, Keith. – May falou recostando o rosto no ombro de Lochan, seus olhos pareciam cumplices dos demôniacos do homem. – Obrigada, mas não preciso de sua preocupação.
-May eu achei que...
-Que ele me agredia, ou algo assim? – ela perguntou sorrindo. – Por favor, não tire conclusões precipitadas.
-Pense comigo, aluno de intercambio. – Lochan propôs beijando a lateral dos lábios de May depois se virando para o aluno – Se você ama ao ponto de enciumar-se, ama muito. Se ama muito, por que destruir quem amas? Não faz sentido...
-Acontece sempre, com muitos.
-Não sou como muitos. – Lochan falou dando um tapa no ombro do outro como dois colegas fazem ao encontrar-se em corredores – Sou como poucos. Mas obrigado pelo interesse, agora se nos dá licença tenho que levar May para casa.
Keith abriu e fechou os lábios, ele imaginava o que ele poderia querer dizer, talvez chamar May para longe e dizer que se precisasse podia contar com ele. Não ia acontecer, de alguma forma May era uma garota frágil sob suas mãos e forte o bastante para suportar seu genio e maneirismos, uma em centenas. Fred os esperava para os dirigir até em casa, o caminho todo ele foi a acariciando como a um gatinho, ela retribuia com beijos e sorrisos que ele guardava na memória.
-Amanhã vou precisar de sua ajuda, Fred. – ele avisou o motorista. – Preciso me livrar de algumas coisas...
-O que, senhor?
-Pastas e albuns, arquivos velhos. – Lochan falou e May se ergueu para olhá-lo.
-Vai jogar tantas décadas fora? – ela perguntou o encarando numa mistura de felicidade com alguma outra coisa que ele não reconheceu.
-Não sou mais criança para fazer coleção de fotos de mulheres bonitas. – ele falou a puxando de volta para seu abraço, levantou sua mão e mordeu seu pulso – Além do mais eu já tenho você...
-Vai ser um prazer ajudá-lo, senhor. O que pretende fazer com essas coisas?
-Leve para algum lugar que recicle papel os arquivos, o resto jogar fora claro.
-Estarei a disposição pela manhã, senhor...
-Obrigado, Fred.
Nem notou que já estava em casa, nem soube como ou quando acabara de tomar banho e fora parar na cama, May deitada sobre seu peito, ele brincava com os cabelos dela como da primeira vez que ela dormira ali, já se acostumara e ela encaixava tão bem no seu abraço que era natural e confortável. Sentiu ela se mexer, parecia partilhar de sua insônia e seus olhos brilhavam na escuridão.
-Volte a dormir... – ele falou a encarando.
-As pessoas sempre fazem o que você manda? – ela perguntou o beijando.
-Quando elas sabem o que é bom pra elas...
-E se eu não quiser? – ela perguntou sorrindo, ele sorriu de volta com toda sua maldade.
-Está tentando me provocar, sua pervertida? – ele a empurrou para o lado na cama, ela deu risada e voltou a abraçá-lo, ele não conseguiu evitar sorrir também.
-Não é isso. Só estava pensando que eu sempre faço o que você quer...
-Algo a incomoda? – ele perguntou sério.
-Não. Nada disso. – ela falou o apertando um pouco mais. – No fim eu quero o mesmo que você.
-Quando a vagabunda morrer eu vou casar com você, May... – ele murmurou voltando a brincar com os cabelos dela.
-Não fala mais nela... – ela falou se levantando e ficando por cima dele, pos as mãos sobre os ombros o encarando. Ele se divertiu com a cena, era a primeira vez que era ela que tentava acuá-lo – Eu não quero suas mãos em outra mulher, eu não quero seus olhos em outro olhar e eu definitivamente não quero outro nome na sua boca...
-Se não? – ele perguntou a vendo se aproximar, ela falava sério.
-Nunca me deixe com ciúmes, meu amor. – ele deu risada e a puxou a beijando.

Um comentário:

Ceci disse...

Eu não acreditooooo!
Esse último capítulo foi simplesmente perfeito *.*
Se ainda restava dúvidas de que ele a agredia,elas se esvairam pelo espaço^^

Ta que tem um "q" um "r" e um "s" de possessão e tdo mais que termina com "ão" mas se eles estão bem assim...que sejam felizes!E como eu disse essa história dos dois tem algo que me chama mtooo a atenção,aliás,acho q chama a atenção de tds os leitores...é uma forma diferente de encarar a vida e as relações nela existentes...uma forma mais despreendida porém com um vínculo MTO FORTE.Não seria bem despreendimento...isso seria no começo,mas com May as coisas foram diferentes e é essa ransição de Lochan que me atrai também.

Foi uma história incrível pela forma que foi escrita,interessante por despertar tds nossos sentidos em busca de novas descobertas a respeito das personagens e que vai deixar mtaaas saudades...mew,se eu pudesse,tdo dia vinha aki ler mais 1,2,3 ou qualquer outra quantidade de capítulos,mas infelizmente terminou no 13 né?=/
Ahh Mo,ja te fiz um apelo mas acho q não tem jeito né?
Já seiii!Te ofereço um balde de paçoca desde que vc poste extras^^

e aii?hahahaha

agora sério,se vc continuasse com uns extras,certeza de que iria fazer mto sucesso...tds suas histórias são boas e não há dúvidas de que qualquer texto que venha por aí será bom.

Bjãoo e brigada por completar mais ainda meus momentos de entretenimento^^


;*