quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A volta dos que não foram muahaha

Nota: Num pus o selo, por que isso não ta nada soujo like...=P

II

-Deixa eu ver se eu entendi... – um homem loiro falava virando uma cerveja e a colocando diretamente sobre a mesa de madeira do restaurante, aquilo ia marcar o móvel. – Você já teve centenas de mulheres?
-Sim. – Lochan respondeu, omitia o fato de viver há décadas e mais décadas. Ninguém acreditaria sua idade se falasse, ele era congelado no tempo como uma fotografia.
-E nenhuma delas era boa o bastante para você?
-Exato.
-Me dá o telefone de algumas! – o outro falou já alterado pelo álcool.
-De forma alguma, faça sua própria coleção. – Lochan respondeu tomando um gole de seu uísque.
-Coleção? São mulheres não figurinhas adesivas...
-Eu colecionei fotos e dados de todo tipo de mulher, nenhuma que chegue a me satisfazer num nivel aceitável.
-Quantas pelo menos chegaram perto?
-Dez... – ele falou tomando outro gole.
-Você é exigente demais, Lochan. Moça! A conta, por favor! – e abanava frenéticamente sua mão, se fosse uma mulher o outro o teria colocado na lista das descartáveis.
-Você é quem aceita qualquer coisa. – o outro retrucou.
-Qualquer coisa não, mas se for bonita já está ótimo.
-Que superficial...
A garçonete demorou um pouco demais para chegar, mas era aceitável devido a todas as mesas estarem ocupadas e algumas pessoas rudes ficarem gritando com gestos largos de pressa, falta de educação e instintos animais que ele notava em grupos de macacos toda vez que ligava a TV num documentário sobre a selva. Quando ela chegou deixou a conta sobre a mesa e já ia se afastar quando o loiro a segurou pelo braço, ficariam marcas vermelhas na pele alva com trajeitos tão rudes.
-Posso ajudar em mais alguma coisa? – ela perguntou tomando seu braço de volta, manteve a graça: digno de nota.
-Pode me dar seu nome e telefone, boneca... – ele esperava mesmo chegar a algum lugar daquele jeito.
-Eu não tenho telefone... – ela respondeu se virando, o uniforme branco e azul não ajudava em nada seu corpo, mas as curvas eram satisfatórias, nada faltava e nada passava dos limites. Os cabelos presos faziam ondas e a pequena franja na testa despertava seu extinto paternal, as bochechas lembravam uma criança, os olhos estreitos.
-Você nunca vai chegar perto de conseguir uma mulher. – Lochan falou se levantando deixando dinheiro de sobra na mesa para pagar a conta, dinheiro não lhe faltava. – Com licença, senhorita...
-May. – ela falou apontando para o crachá preso na cintura, ele não sabia se queria ser chamada assim ou se respondia a pergunta do ogro anterior, mas de qualquer forma era melhor que silêncio.
-Senhorita, May. Perdoe o comportamento de meu companheiro, ele bebeu demais.
-Não se incomode, senhor. Posso lhe servir mais alguma coisa? – ela perguntou enquanto tirava os pratos e copos sujos de uma das mesas.
-Na verdade queria propor o contrário. Posso lhe pagar algo para compensar o estado rude que teve de aguentar?
-Não é nada demais alguém perguntar um telefone... – ela enquanto andava, ele a seguia numa distância respeitosa, ou ela se sentiria acuada.
-Não é isso a que me refiro. – ele falou e passou a ponta do indicador de leve no braço dela, imediatamente ela o encarou. Marcas vermelhas, provas de quão grotesco e sem controle era o loiro. – Vermelho não é sua cor. – comentou.
-Não foi nada. – ela falou com um sorriso encabulado, mas não corou. – Não precisa se preocupar, senhor...?
-Lochan. – ele se apresentou e os olhos dela iluminaram.
-Lochan?
-May, volte ao trabalho! – uma voz gritou do outro lado do balcão.
-Eu, eu tenho que continuar... Mas obrigada pela oferta. – ela falou batendo na própria cabeça espantando o pensamento e se fastou para anotar pedidos, ele foi atrás dela.
-Mais tarde então, quando acaba seu turno? – ele perguntou. – A menos que eu a esteja incomodando...
-Não. As sete... Eu saio as sete. – ela falou parecendo ter sido atingida por uma idéia de repente.
-Eu a pego as sete aqui então... – ele falou se despedindo apenas com uma mesura. – Um prazer, senhorita May.
Foi direto para sua casa, entrou no escritório e quase derrubou o porta retrato com a foto de uma criança que ficava na mesa, abriu um de seus formulários, escreveu o nome May e começou a fazer suas anotações, data em que a conheceu e lugar. Anotou sobre vermelho não cair bem nela, assim como sua aparente boa educação, ia anotando tudo que podia se lembrar com detalhes, mas sempre olhando o relógio para ter tempo o bastante para se preparar, ainda tinha que decidir o que fazer, de certo não iria trazê-la direto para lá, ela não estava no setor das descartáveis. Um pouco jovem demais, temia que pudesse ser imatura, mas ao menos não aparentava isso.
-Preciso de uma foto. – falou fechando o arquivo e colocando na pasta, colocou numa de suas estantes e saiu para buscar uma de suas máquinas fotográficas, o filme ainda era melhor que as digitais, gostava de revelar suas fotos em casa.
Depois de arrumar a camera pensou em como iria até ela, a moto daria um ar mais libertário que jovens costumavam gostar, mas se ela continuasse de uniforme não era uma boa idéia misturar saia e moto, o carro era muito ostensivo. Pegou seu telefone e ligou para seu conhecido da concessionária, iria pegar um carro emprestado com a desculpa de testá-lo, depois devolveria. Um carro mais comum, queria ver como ela se saía antes de ver o quanto ele realmente tinha.

Um comentário:

Ceci disse...

Algo me diz que essa sim vai ser pra ele e talvez,quem sabe cause uma grande mudança na vida de Lochan?

Ahhhh so sei que tenho umas idéias aqui,mas não posso expor tds pq da ultima vez que fiz isso quebrei a cara...as garotas eram irmãs hauahauaha =X

Posta o terceiro pleaseeeeeee!^^
ate o fim da noite eu vou descobrir o que aconteceu nesse encontro e talvez quem é a mocinha.

bjoo