terça-feira, 16 de setembro de 2008

Dama e o Lorde


Do outro lado dum sorriso inocente,
sob um olhar rubro incandescente.
Do outro lado dessa pose infantil,
meu lorde de máscaras mil.

Do outro lado desse olhar de serpente,
entre os lençóis e minhas correntes.
Do outro lado dessa pose doce,
minha dama, nunca a foste.

A minha frente para ereto,
e apontas meus gestos.

A minha frente ficas quieta,
me enxerga entre frestas.

Com olhos desviados,
contemplai o passado.
Me segura a mão,
e zela meu corpo.

Com olhar concentrado,
ficai assim ao meu lado.
Me rouba um sorriso,
e toca meu rosto.

Que pensas meu lorde?
Me diz que fizeste?

Minha dama, que sorte.
Quiçá antes eu soubesse.






Nenhum comentário: